O grave problema da falta de transporte escolar para os estudantes de comunidades ribeirinhas na cidade de Porto Velho vem sendo alvo de indignação de pais, alunos e comunidade em geral.
Atrasado a mais de dois meses em relação ao restante da rede ensino, o início do ano letivo previsto para esta última segunda-feira (1), aconteceu de forma parcial, já que mais de mil alunos ainda estão sem o transporte fluvial e outros milhares de estudantes ficaram sem o serviço terrestre.
Recém-empossado no cargo, o secretário municipal de Educação, Márcio Felix, se reuniu, na manhã desta terça-feira (02), com representantes do Legislativo Municipal e pais de alunos prejudicados com o problema no transporte. No encontro, ele pediu desculpa e solicitou a confiança na palavra da prefeitura de que dentro de 15 dias a situação se normalizará em definitivo.
Durante sessão plenária realizada ontem, a vereadora Ada Dantas (PMN) falou sobre o caso e sugeriu o afastamento do prefeito até que as aulas sejam garantidas a todos os alunos que dependem do transporte escolar municipal.
“Eu me sinto com vergonha de o transporte escolar rural não atender aquelas crianças que ficaram com suas mochilas no ponto esperando o ônibus passar. Eles mentiram na nossa cara que o serviço voltaria. Hoje vamos aceitar mais uma desculpa dessa gestão, que utiliza essa técnica antiga de trocar secretário para resolver problema. Não esperem que o ano letivo termine ainda em 2019, deveríamos nos unir para pedirmos o afastamento desse prefeito, que não consegue resolver um problema sério”, afirmou Ada Dantas.
De acordo com o próprio secretário em reunião na Comissão de Educação da Câmara de Vereadores da capital, de um total superior a seis mil crianças dependentes desse serviço, pouco mais de mil retornaram ás aulas nesta semana.