Com medicamentos importados, 96% dos pacientes com “Hepatite C” são curados no Cepem em Rondônia

Desde 2015, o Ministério da Saúde incorporou ao quadro de medicamentos para Hepatite C, o uso de três formulas importadas ...

Por RONDONIAOVIVO

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Desde 2015, o Ministério da Saúde incorporou ao quadro de medicamentos para Hepatite C, o uso de três formulas importadas que estão revolucionando o tratamento da doença em todo o país. Segundo o diretor de ambulatório do Centro de Pesquisa em Medicina Tropical (Cepem), Juan Miguel Vilalobos, somente em Rondônia, mais de 250 pacientes já foram tratados com 96% de cura.

O levantamento foi feito recentemente por um grupo de alunos de Medicina da Universidade Federal de Rondônia (Unir), que, coordenado pelo doutor Juan, concluiu no projeto de iniciação científica o percentual de cura dos tratamentos realizados no Cepem. “Esses pacientes não tiveram apenas uma melhora durante o uso do medicamento, diferente de outros vírus que apenas durante o tratamento ficam inibidos. Esse não, em apenas 12 semanas de tratamento a chance de cura é de 96% dos casos”.

São três os antivirais de ação direta, que combinados em duplas, agem diretamente na regeneração do fígado. Os medicamentos foram desenvolvidos para inibir o local de replicação da Hepatite C. “São eles o Sofosbuvir, Daclatasvir e Simeprevir que são inibidores da protease, da polimerase, e da proteína NS5A, presentes no vírus. Usados em conjunto de pelo menos dois dos medicamentos dão o resultado esperado”, explica o profissional.

Mas o médico adianta que o tratamento só é oferecido para pacientes em estágios avançados da doença. “Os pacientes chegam no Cepem já encaminhados com o diagnóstico. Aqui, nós pedimos mais uma série de exames e constatamos o nível da doença em cada paciente, que se dividem em cinco grupos, com classificação de zero a quatro, e só tratamos o fibrose nível 3 e 4”

Cadastrados com Hepatite geral o Cepem atende a aproximadamente seis mil pacientes, com Hepatite C, são 2.500. Fora os 250 que já passaram pelo tratamento, outros 100 estão recebendo a medicação, de acordo com as normas do MS. “O tratamento é muito caro, mas o Brasil conseguiu negociar e o custo baixou o valor em 80%, ainda assim custando R$ 21 mil por paciente tratado. Por isso foram estipuladas as prioridades”, conclui o profissional.

Entre 2003 e 2016, a taxa de detecção de casos de hepatite C mostrou tendência de aumento em todas as regiões do país. Para se ter uma ideia, só no ano passado em Porto Velho foram confirmados 93 novos casos da doença, segundo o MS. Juan Vilalobos diz que a expectativa é que até o final do ano, o MS amplie o tratamento para pacientes com a fibrose hepática no nível 2. “Tudo depende também do estilo de vida do paciente. Alguns nunca vão evoluir a doença, então a prioridade realmente é para os casos mais avançados”.

Fonte: RONDONIAOVIVO

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