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Casos de morcegos infectados com raiva são confirmados no DF; confira

Raiva nos morcegos: Secretaria de Saúde reforça vigilância e ações de controle no DF

Por Jornal Rondônia

Publicado em:

RAIVA
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A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (DF) confirmou, no último dia 5 de julho, a ocorrência de dois casos de raiva em morcegos nas regiões administrativas de Sobradinho e Planaltina. O resultado positivo para a doença foi obtido após exames laboratoriais realizados em morcegos recolhidos nas duas localidades. De acordo com a secretaria, a espécie de morcego envolvida nos casos é a Artibeus lituratus, também conhecida como morcego-da-cara-branca, que se alimenta de frutos.

No caso de Sobradinho, o morcego foi recolhido no dia 5 de julho, enquanto em Planaltina, o morcego testou positivo três dias antes, no dia 2 de julho. Ambos os animais haviam entrado em contato com cães, mas, segundo a Secretaria de Saúde, não houve nenhum caso de exposição humana. Essa informação é tranquilizadora, já que a raiva pode ser transmitida aos seres humanos e outros animais por meio da saliva de morcegos infectados, principalmente por mordeduras ou arranhaduras.

Embora a exposição humana não tenha sido confirmada, a confirmação da raiva nos morcegos do DF acende um sinal de alerta para o risco de disseminação da doença na região, especialmente entre animais que circulam livremente. Diante da alta letalidade da doença – que pode alcançar 100% de mortalidade – a Secretaria de Saúde do DF tomou medidas urgentes para prevenir novas infecções e controlar a situação.

Medidas de controle e vigilância

Em resposta aos casos confirmados, a Secretaria de Saúde intensificou a vigilância e o controle sobre a circulação do vírus da raiva. Entre as ações em andamento, a instalação de armadilhas para morcegos nas próximas semanas se destaca como medida preventiva. Essas armadilhas visam coletar novos morcegos para a realização de exames laboratoriais e ampliar o conhecimento sobre a propagação do vírus. Com isso, a Secretaria de Saúde espera compreender melhor a circulação da doença e reforçar as ações de controle.

A população também foi alertada a se comunicar imediatamente com a vigilância sanitária caso entre em contato com morcegos ou outros animais silvestres. A orientação é para que os moradores não manipulem ou tentem recolher animais suspeitos de estarem contaminados com o vírus. Esse cuidado visa evitar a contaminação e garantir que o manejo dos animais seja feito por profissionais capacitados.

Recomendações à população

A Secretaria de Saúde do DF reforçou algumas recomendações à população para evitar a disseminação da raiva:

  • Acionar a equipe de zoonoses pelos telefones (61) 3449-4432/4434 ou pelo Disque Saúde (160) caso encontrem morcegos ou outros animais silvestres caídos ou suspeitos. A orientação é não manipular os animais e deixar que a equipe técnica se encarregue da remoção.

  • Vacinação anual de cães e gatos, que deve ser realizada durante as campanhas promovidas pela própria Secretaria de Saúde. Essa medida é fundamental para garantir a imunização dos animais domésticos contra a raiva, além de contribuir para a proteção da saúde pública. A vacinação também deve ser estendida aos rebanhos, com o apoio da Secretaria de Agricultura, Abastecimento e Desenvolvimento Rural (Seagri).

  • Evitar tocar, alimentar ou domiciliar animais silvestres. Mesmo que os animais pareçam saudáveis, não é possível determinar se estão ou não infectados com o vírus da raiva. A recomendação é manter distância dos animais silvestres e permitir que eles permaneçam em seu habitat natural.

  • Em casos de acidente envolvendo morcegos ou animais silvestres, é essencial que o ferimento seja lavado com água e sabão imediatamente. Em seguida, a pessoa deve procurar uma unidade de saúde para avaliar a necessidade de profilaxia com vacina.

Sobre a raiva: uma doença fatal

A raiva é uma doença viral causada pelo Lyssavirus, que ataca o sistema nervoso central e causa encefalite progressiva, frequentemente fatal. A transmissão do vírus ocorre por meio da saliva contaminada, que pode atingir os seres humanos por meio de mordeduras, arranhaduras ou lambeduras de animais infectados.

Uma vez no corpo, o vírus migra para o cérebro, onde pode causar danos neurológicos irreversíveis. O quadro clínico da raiva é devastador e evolui rapidamente para a morte, geralmente dentro de semanas após os primeiros sintomas. A raiva em seres humanos é praticamente sempre fatal, pois não existe tratamento comprovadamente eficaz. Apenas protocolos experimentais são realizados, mas os casos de cura são extremamente raros, com apenas cinco registros em todo o mundo, todos com sequelas graves e permanentes.

A única maneira de prevenir a raiva é por meio da profilaxia com vacina e soro, que devem ser administrados o mais rápido possível após a exposição ao vírus. A Secretaria de Saúde do DF reforçou que a profilaxia é a única forma de controle eficaz da doença, sendo fundamental para a proteção dos indivíduos expostos ao vírus.

A colaboração da população é essencial

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal ressaltou que, para que o controle da raiva seja eficaz, é necessária a colaboração da população. Manter os animais domésticos vacinados, não entrar em contato com animais silvestres e seguir as orientações das autoridades sanitárias são passos fundamentais para evitar a propagação da doença. A vigilância contínua, aliada ao esforço coletivo, será essencial para evitar novos casos e proteger a saúde pública no DF.

A Secretaria também se colocou à disposição para fornecer mais informações sobre a raiva, o processo de profilaxia e as campanhas de vacinação, por meio dos canais de atendimento disponíveis.

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Imagem: Reprodução

Fonte: Jornal Rondônia

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