Importante meio para se diagnosticar doenças graves em bebês recém-nascidos, o teste do pezinho tem sua recomendação redobrada ao longo do mês de junho, durante a campanha “Mês Lilás”. O diagnóstico precoce proporciona um tratamento para eventuais doenças, diminuindo a mortalidade infantil e garantindo mais qualidade de vida ao bebê.
Todas as unidades de saúde de Porto Velho, tanto na região urbana quanto na zona rural, estão preparadas para realizarem a coleta do sangue para fazer o teste, conforme a Secretaria Municipal de Saúde (Semusa).
Dependendo da situação do bebê, a coleta também pode ocorrer na Maternidade Municipal Mãe Esperança, na capital. “Isso ocorre quando a criança necessita de internação após o parto e esteja dentro desse período ideal, ou seja, até o 5º dia de nascimento”, explica Rosimari Garcia, Subgerente do Núcleo de Saúde da Criança, da Semusa.
A partir do sangue coletado do calcanhar do bebê, é possível identificar doenças graves, como o hipotireoidismo congênito (quando a glândula tireóide do recém-nascido não é capaz de produzir quantidades adequadas de hormônios), a fenilcetonúria (doença do metabolismo) e as hemoglobinopatias (doenças que afetam o sangue – traço falcêmico e doença falciforme).
“É importante a realização do teste, pois permite, em tempo oportuno, detectar doenças que não apresentam sintomas no nascimento e que, se não forem diagnosticadas e tratadas cedo, podem causar sérios danos à saúde, inclusive retardo mental grave e irreversível”, ressalta Rosimari Garcia.
Ela acrescenta que essas ações vêm sendo intensificadas pela Prefeitura em alusão ao Mês Lilás, período dedicado ao Dia Nacional do Teste do Pezinho. O teste do pezinho é um serviço prestado pelo Departamento de Atenção Básica (DAB), nas unidades de saúde de Porto Velho.
Todas as crianças recém-nascidas, de preferência entre o 3º e o 5º dia de vida, devem ser submetidas ao teste do pezinho. O exame, entretanto, não pode ser realizado antes das primeiras 48 horas do nascimento do bebê, uma vez que o resultado pode não ser confiável.
“Se, por algum motivo especial, o exame não puder ser realizado no período recomendado, deve ser feito em até 30 dias após o nascimento, como preconiza o Ministério da Saúde”, afirmou a servidora da Semusa.