O presidente da Assembleia Legislativa, Laerte Gomes (PSDB), lamentou o assassinato do advogado, procurador da Câmara Municipal de Cacoal, Sidnei Sotele, ocorrido na tarde desta terça-feira (7), em frente ao Legislativo municipal. Sotele foi procurador no município de Ministro Andreazza e atuou como criminalista.
“Infelizmente, mais um bárbaro assassinato e até já era esperado que fosse acontecer, porque haviam ameaças contra a sua vida, que foram denunciadas. A Secretaria de Estado de Segurança, Defesa e Cidadania (Sesdec) precisa dar um basta nisso, investigar e acabar com essa onda de assassinatos em Ministro Andreazza e região. Foram assassinados prefeito, vereador, empresários e não sabemos o motivo dessa guerra, que precisa acabar”, desabafou Laerte.
Para o parlamentar, “mais uma vida foi tirada e esperamos que esse e os demais casos, que não tiveram uma solução, venham a ter. A população de Cacoal e Andreazza vive uma insegurança, com a falta de respostas pelos seguidos assassinatos”.
O deputado José Lebrão (MDB) reforçou que “é preciso uma intervenção do Estado. São muitos crimes sem que os culpados sejam punidos, a exemplo do ex-vereador de Costa Marques, José Maurício, o conhecido Neguinho da Égua, assassinado e até hoje sem uma resposta”.
Lebrão acrescentou que, “quando fui ao velório do ex-prefeito de Andreazza, Neuri Persch, também assassinado, o advogado Sotele confidenciou que estava ameaçado de morte e tinha medo de ser morto”.
O deputado Edson Martins (MDB), classificou como absurdo esse crime. “Não vivemos mais na época de Lampião e não podemos aceitar os crimes de pistolagem. São crimes sem solução, que precisam ser enfrentados pelas autoridades, para pôr fim a essa matança”.
Lazinho da Fetagro (PT) ressaltou os crimes ocorridos contra os profissionais de imprensa em Rondônia. “Ano passado, o radialista Hamilton Alves foi vítima de um atentado, ainda sem solução. Um jornalista no Cone Sul foi assassinado, também sem respostas. A pistolagem é muito grave. Na semana passada, um empresário no distrito de Tarilândia, em Jaru, foi assassinado com 12 tiros, numa lanchonete. A polícia precisa se estruturar para dar uma resposta a todos esses crimes”, acrescentou.
O deputado Ismael Crispin (PSB) enfatizou que tem discutido essa e outras questões na Comissão de Segurança Pública da Assembleia. “Apesar das dificuldades, precisamos ressaltar o trabalho extraordinário da Polícia Civil em Rondônia. Estive em Cacoal, em que pese ter delegada, tem apenas dois agentes do Serviço de Investigação e Captura (Sevic). Isso precisar ser dado a atenção pelo Governo, pois as famílias vítimas desses crimes, ficam sem respostas. É preciso aumentar o efetivo e as condições para que a segurança dê uma resposta”, observou.
O deputado Anderson Pereira (Pros) afirmou que a polícia precisa se estruturar. “Estive no setor de criminalística e vi que os servidores se desdobram para fazer o seu trabalho, sem nenhuma condição, tudo na base do improviso. Onde faz a balística, é um improviso, mas mesmo assim tem sido eficiente para elucidar crimes. Mas, é preciso se investir em estrutura, com urgência”, relatou.
Ao retomar a palavra, Laerte Gomes pontuou que “essa guerra em Andreazza, se arrasta há anos e não se tem uma resposta. “Essa questão específica de Ministro Andreazza precisa ser enfrentada com prioridade. Há anos essa guerra se arrasta e é preciso tomar uma posição firme por parte do Governo”, finalizou.