Um homem morreu após ser baleado nas pernas e na cabeça na última sexta-feira (13). O caso aconteceu após o suspeito armado invadir a casa da ex-mulher, tentar matá-la e ameaçar o filho do casal, uma criança autista de 4 anos, na Zona Sul de Porto Velho.
As informações preliminares davam conta que o homem teria morrido durante uma troca de tiros com os policiais. A corporação informou neste sábado (14) que na verdade o agressor se matou após a invasão.
Entenda o caso
Segundo o boletim de ocorrência, os policiais foram chamados para atender uma denúncia de descumprimento de medida protetiva. A vítima informou que foi casada com o suspeito por seis anos, mas eles estavam separados desde dezembro do ano passado.
Durante o casamento eles tiveram um filho que atualmente tem 4 anos. A criança tem autismo.
A troca de tiros
Após a invasão a polícia foi chamada. Com a chegada, a vítima ouviu o barulho da viatura, abriu o portão e saiu correndo em direção a rua. Porém, segundo o boletim de ocorrência, o ex-marido correu atrás da vítima com a arma de fogo em mãos e começou a atirar na direção dela.
O homem também atirou várias vezes contra a PM que revidou. Então começou o confronto. Em determinado momento o suspeito entrou novamente na casa da ex para tentar escapar dos tiros.
Quando percebeu que o filho tinha ficado dentro da residência sozinho com o agressor, a mulher tentou retornar para casa, mas foi impedida pela polícia por questões de segurança.
Os policiais informaram que prepararam o perímetro para entrar na casa até que viram o suspeito caído no chão ao lado de uma poça de sangue. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foi acionado, mas o homem já estava morto. Ele foi atingido por cerca de três tiros na região das penas e pelo menos um disparo na cabeça.
O filho da vitima foi retirado do local e encaminhado momentaneamente até uma creche.
Após isso foi solicitada a presença da perícia, da equipe da Delegacia de Homicídios e do Instituto Médico Legal (IML) para os procedimentos de praxe.
O suicídio
Neste sábado (14) a Polícia Militar (PM) se pronunciou, por meio de nota, informando que o motivo da morte do suspeito foi suicídio, portanto ele não teria morrido por causa da troca de tiros com a polícia.
“A Polícia Militar acionou os trabalhos periciais no local e também da Delegacia de Homicídios para realizarem os levantamentos necessários. A ação da Polícia Militar, segundo ocorrência policial registrada, evitou a ocorrência de feminicídio, visto que o vigilante atentou contra a vida de sua esposa”, consta na nota da corporação.
Policial baleado
Durante a troca de tiros um sargento da polícia foi baleado. Ainda segundo informações do boletim de ocorrência, ele foi levado até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Zona Sul onde recebeu os primeiros socorros médicos.
Também passou pelo IML para exame de corpo e delito. Neste sábado (14), a PM informou que ele passa bem.
Medida protetiva
A vítima também informou aos policiais que já possuía medida protetiva contra o agressor.
As medidas protetivas são ordens judiciais que têm objetivo de proteger pessoas que estejam em situação de risco, perigo ou vulnerabilidade. A Lei Maria da Penha, por exemplo, prevê a solicitação de medidas protetivas para impedir a violência doméstica, fazendo com que o agressor não se aproxime da vítima.
Perseguida no trabalho
A mulher revelou à polícia que no mesmo dia o agressor já tinha desrespeitado a medida protetiva que ela tinha contra ele e ido até o local de trabalho dela.
No local, o homem teria ainda ligado oito vezes para ela. Não conseguindo contato, o agressor se dirigiu até a residência da vítima.
A principal hipótese é que o crime teria acontecido porque o agressor não aceitava o fim do relacionamento.