“Lista suja” identifica quatro empregadores em Rondônia que submeteram pessoas ao trabalho escravo

De acordo com dados do Observatório de Erradicação do Trabalho Escravo e Tráfico de Pessoas (Smartlab), todos os empregadores em Rondônia estão na zona rural.

Por Jornal Rondônia

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A “Lista Suja” do Governo Federal é um importante instrumento no combate ao trabalho análogo à escravidão no Brasil. Ela expõe nomes de empregadores que submeteram trabalhadores a condições degradantes e desumanas, e sua atualização periódica é um reflexo do compromisso das autoridades em enfrentar esse problema social grave.

Em outubro, a “Lista Suja” teve sua maior atualização na história, com a inclusão de 204 nomes de empregadores que foram identificados como submetendo trabalhadores a condições análogas à escravidão. No total, a lista agora inclui 473 pessoas físicas e jurídicas.

Em Rondônia, houve 40 denúncias em 2023, e várias ações de fiscalização e investigação foram realizadas em resposta a essas denúncias. O resgate de seis pessoas em situação de trabalho análogo à escravidão ocorreu no estado, incluindo o caso de um idoso de 80 anos que estava em condições extremamente degradantes.

Os processos relacionados a verbas trabalhistas e indenizações por danos morais individuais e coletivos estão em andamento, e o Ministério Público do Trabalho (MPT-RO) está acompanhando o caso para garantir a assistência necessária a esses trabalhadores resgatados.

A inclusão de empregadores na “Lista Suja” ocorre após a conclusão do processo administrativo que julga o auto específico de trabalho análogo à escravidão em relação àquele empregador, com uma decisão sem possibilidade de recurso.

No caso de menores de idade, medidas são adotadas para garantir sua integridade de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).

Denúncias de trabalho análogo à escravidão podem ser feitas através de números específicos e também presencialmente no Ministério Público de Rondônia. A participação de diversos órgãos na fiscalização e combate a essas práticas é crucial para garantir que os direitos dos trabalhadores sejam protegidos e que os responsáveis sejam responsabilizados.

As denúncias podem ser feitas nos números:

  • 100 – para violação de qualquer direito humano
  • (69) 3901-8000 – Ministério Público de Rondônia

 

A denúncia também pode ser feita presencialmente na avenida Presidente Dutra, 4055, Bairro Olaria, Porto Velho/RO.

Fonte: Jornal Rondônia

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