Na manhã desta quinta-feira (10), o prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves, protocolou uma denúncia no Ministério Público Estadual (MP), pedindo a investigação do salário indevido de aproximadamente 120 servidores estatutários do alto escalão municipal.
De acordo com Hildon Chaves, durante inspeção de rotina no Instituto de Previdência e Assistência dos Servidores do Município (IPAM) foi constatado um salário de um servidor da Procuradoria do Geral do Município, absolutamente superior ao teto condicional da Prefeitura. “Ninguém pode receber um salário maior do que o do prefeito, que é de aproximadamente R$ 24.500 brutos. Isso nos chamou a atenção e iniciamos uma investigação sigilosa”, disse o prefeito.
Os salários são de servidores lotados na Secretaria de Fazenda e no grupo de fiscais como um todo, de postura, de vigilância sanitária, na Procuradoria do Município na Controladoria Geral do Município. “Por isso a denúncia ao MP, para que apurem, e essa apuração tem que ser externa porque internamente não vejo como apurar essa situação”, enfatizou Hildon Chaves,.
Durante as investigações, foi constatado que servidores estavam recebendo salários na Prefeitura de Porto Velho, de R$ 40 mil, R$ 50 mil, R$ 60 mil, até R$ 80 mil mensais. “Nós estimamos em aproximadamente R$2,5 milhões de perdas mensais do município. Eu não sei efetivamente há quanto tempo isso vem acontecendo, mas foi essa a denúncia que apresentei agora ao MP, para que apure todos esses fatos e chegue realmente à verdade”, detalhou o prefeito.
Segundo Hildon Chaves, a investigação interna foi constatado um dano anual na casa de R$ 25 milhões. “Num mandato de quatro anos, nós estamos falando de valores de aproximadamente R$ 100 milhões de desvios na Prefeitura, que sofre tanto por falta de recursos há tanto tempo”, diz.
Hildon Chaves finalizou dizendo que a Prefeitura está de portas abertas para que tudo seja investigado. “Nós esperamos que todos os fatos sejam apurados com todo o rigor necessário e da forma mais rápida possível para que se estanque esse dreno de recursos públicos indevidos”, disse.