Gol retira voos diretos de Porto Velho a Manaus e também culpa excesso de ações judiciais em RO

Com suspensão de voos diretos, passageiros que saírem de Porto Velho com destino a Manaus precisam fazer conexão em Brasília.

Por G1RO

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A Gol Linhas Aéreas anunciou a retirada de seus tradicionais voos diretos entre Porto Velho e Manaus. Assim como a Azul, a companhia justificou a decisão alegando excesso de processos judiciais no estado.

Em nota enviada ao g1 na tarde desta quinta-feira (20), a Gol informou estar tendo um ‘desestímulo para a manutenção dos serviços’ em Rondônia.

Desde maio, conforme dados da própria empresa, o número de oferta de assentos a passageiros caiu quase 50% desde maio deste ano.

“A GOL cancelou os voos de Porto Velho para Manaus. A alta judicialização enfrentada pela Companhia em Rondônia é um fator decisivo para o encolhimento das operações da GOL no estado e, ainda, um desestímulo para a manutenção dos serviços. Neste momento, não há previsão para retomar a oferta em Porto Velho”.

Para ir a Manaus, conforme o site oficial da VoeGol, o rondoniense vai precisar fazer uma escala/conexão em Brasília, e a duração total da viagem será de 08h50.

Mais de 4 mil processos desde 2022

Dados obtidos pelo g1 mostram que a Gol foi processada mais de 4,5 mil vezes em Rondônia entre 1° de janeiro do ano passado e 15 de junho deste ano.

Desse total, 1.829 ações contra a empresa foram ingressadas apenas no primeiro semestre de 2023, de acordo com balanço obtido por leitura dos processos no Tribunal de Justiça de Rondônia.

Mais de 400 judicializações citando a Gol entre janeiro e junho deste ano foram por cancelamento de voos, e quase 300 por atrasos.

O que diz o TJ?

Em nota enviada, o Poder Judiciário do Estado de Rondônia afirma que não tem qualquer responsabilidade pelo alto índice de demandas judiciais ajuizadas contra as empresas aéreas, sejam elas por quais motivos for, como cancelamento ou atraso de voos.

“A Justiça de Rondônia reafirma seu compromisso com o cidadão de oferecer efetivo acesso à Justiça àqueles que tenham seus direitos violados”, diz a nota do judiciário.

Fonte: G1RO

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