Avião que caiu com pecuarista e filho tinha caixa-preta? Entenda

Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) iniciou as investigações para descobrir a causa do acidente que matou pai e filho em área de floresta em Vilhena (RO).

Por G1

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O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) iniciou as investigações do acidente aéreo que resultou na morte do pecuarista Garon Maia Filho e do filho, Francisco Veronezi Maia, de 11 anos.

Todas as evidências que podem ser usadas na investigação já foram retiradas da aeronave, no entanto um fato deve ‘prolongar’ os trabalhos: isso porque o bimotor não era obrigado a ter caixa-preta.

Segundo o Regulamento Brasileiro de Homologação Aeronáutica, da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), as aeronaves leves não são obrigadas a utilizar sistemas de gravação de dados ou vozes da cabine durante o voo.

Ao g1, o piloto de aviação Geanderson Maia, explicou que as caixas-pretas são obrigatórias apenas em aeronaves que fazem voos comerciais, os chamados ‘aviões de alta performance‘. Nesses aviões domésticos as caixas-pretas são importantes por registrarem dados de viagem, inclusive áudios dos pilotos, e são fundamentais na investigação de acidentes aéreos.

“Em aviões de pequeno porte, como esse Beechcraft Baron 58 que caiu em Vilhena (RO), não existem esses equipamentos instalados”, afirma o piloto.

Para confirmar os fatores que podem ter contribuído para a queda do avião do pecuarista em Vilhena (RO), a Força Aérea Brasileira deve adotar algumas ações, como:

  • fazer uma perícia nos destroços do avião;
  • ouvir testemunhas da decolagem e pouso;
  • recuperar documentos, dados de inspeções técnicas e de manutenção;
  • e checar a qualidade do combustível usado na operação.

Segundo o Corpo de Bombeiros, a aeronave das vítimas bateu violentamente contra as árvores, perto de um local conhecido como Cachoeira das Cavernas. O acidente com o bimotor aconteceu cerca de oito minutos depois do avião decolar do aeroporto de Vilhena.

Houve um forte impacto e moradores da região ouviram o estrondo. Segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), o avião que caiu em Vilhena é um Beechcraft Baron G58, fabricado em 2011, e aeronave tinha permissão para transportar até cinco passageiros.

A aeronave também tinha autorização para voos noturnos, inclusive estava registrado na categoria de serviços aéreos privados. A situação de aeronavegabilidade também estava normal.

Fonte: G1

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