Motim em presídio deixa ao menos 43 mortos e centenas de feridos

Cerca de 350 presos já haviam morrido em motins desde fevereiro de 2021 no país

Por O Globo

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Ao menos 43 pessoas morreram durante um motim realizado em um presídio do Equador. Duas facções rivais, “Los Lobos” e “R7”, entraram em confronto nesta segunda em um centro de detenção Bellavista, em Santo Domingo, a cerca de 80 quilômetros de Quito, o que fez com que a autoridade penitenciária do país, a SNAI, ativasse “protocolos de segurança” para conter os distúrbios.

“Por enquanto há 43 presos mortos”, disse o Ministério Público no Twitter, acrescentando que a situação está em andamento.

O ministro do Interior do país, Patricio Carrillo, havia dito inicialmente que apenas dois presos foram mortos, pouco antes de aumentar o número para 41, em uma entrevista a jornalistas. O escritório do promotor público então, por meio de uma rede social, atualizou o número de mortos para 43.

Policiais estão no local para impedir fugas Foto: JUAN CARLOS PEREZ / AFP

Carrillo, no entanto, afirmou que a situação já estava sob controle. Durante o tumulto, pelo menos 112 detentos tentaram escapar do local, mas foram detidos pelas forças de segurança ainda dentro da prisão.

Detentos com ferimentos no rosto foram levados de caminhão e ambulância para centros médicos, enquanto familiares dos presos se reuniram em frente à prisão em busca de informações, segundo a AFP. As autoridades disseram que farão uma revista para tentar encontrar armas e transferirão os líderes das gangues para outra prisão.

Além dos mortos, centenas de detentos ficaram feridos Foto: JUAN CARLOS PEREZ / AFP

Desde fevereiro de 2021, cerca de 350 presos foram mortos em cinco motins em diferentes prisões equatorianas. Apenas no mês passado, pelo menos 20 detentos morreram dentro da prisão de El Turi em Cuenca, no sul do Equador.

O presidente do país, Guillermo Lasso, afirma que o problema nas instalações “reflete o lado de fora”, onde os traficantes disputam o controle das rotas do tráfico.

Fonte: O Globo

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