Os corpos de três das nove vítimas da chacina de uma família norte-americana no México foram enterrados nesta quinta-feira (7). Em cerimônia na cidade mexicana de La Mora, parentes e amigos se despediram de Dawna Langford e os seus dois filhos, Trevor, de 11 anos, e Rogan, de 2.
Soldados mexicanos trabalharam para garantir a segurança do enterro na cidade ocupada por cidadãos dos Estados Unidos que seguem a religião mórmon. La Mora fica a cerca de 110 km da fronteira com o Arizona. Ao menos 1 mil pessoas – a maioria norte-americanos – viajaram ao local para participar das homenagens.
O enterro das seis outras vítimas da chacina deve ocorrer em Colonia LeBarón, outra comunidade religiosa norte-americana no México.
Menino de 13 anos escondeu irmãos em massacre
As vítimas viviam em comunidades na região da fronteira entre México e Estados Unidos há décadas, e participavam de movimentos ativistas contra o crime e grupos criminosos que atuam em Sonora e Chihuahua. Os mortos são:
Rhonita Miller LeBarón e quatro filhos (um menino de 11 anos, uma menina de 9 e gêmeos de menos de um ano)
Dawna Langford Ray e dois filhos (uma menina de 6 e um menino de 4 anos)
Christina Langford
Esse não é o primeiro caso em que um membro da família LeBarón é assassinado no México: em 2009, Benjamin LeBarón, que era um ativista anticrime, foi assassinado no estado vizinho, Chihuahua.
Como foi o crime
A família viajava entre os estados de Sonora e Chihuahua quando, segundo o jornal “El Universal”, Rhonita LeBarón – que dirigia um dos carros – precisou parar por causa de um pneu furado.
Enquanto estavam parados na estrada, os criminosos atacaram. Primeiro, de acordo com a agência Associated Press, o grupo atirou e matou Christina Langford após ela saltar do carro e balançar as mãos para sinalizar que não eram uma ameaça.A emboscada continuou – cerca de 13 km adiante, os outros dois carros do comboio foram atacados. Os bandidos não atenderam aos pedidos para que parassem o ataque.Para Alfonso Durazo, secretário de Segurança mexicano, os criminosos podem ter se confundido ao avistar os carros do comboio – todos utilitários (conhecidos com SUV) – com veículos de gangues rivais. O ataque ocorreu em um lugar remoto, montanhoso, onde o cartel de Sinaloa se envolvia em guerras com outras facções.