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Dívida Pública sobe 0,71% em maio e se aproxima de R$ 7,7 trilhões

Incorporação de juros e alta da Selic impulsionam o crescimento da dívida, que já supera R$ 7,6 trilhões; governo projeta aumento contínuo até 2025

Por Jornal Rondônia

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A Dívida Pública Federal (DPF) do Brasil teve um aumento de 0,71% em maio, alcançando R$ 7,67 trilhões, contra R$ 7,617 trilhões no mês de abril. Esse crescimento foi impulsionado, principalmente, pela incorporação de R$ 75,86 bilhões em juros, reflexo da alta da taxa Selic, que está em 15% ao ano.

Detalhes da evolução da dívida

Em maio, a Dívida Pública Mobiliária Interna (DPMFi) subiu 0,7%, passando de R$ 7,31 trilhões em abril para R$ 7,361 trilhões. O aumento ocorreu principalmente devido à apropriação de juros sobre os títulos da dívida, embora o Tesouro tenha resgatado R$ 25,03 bilhões a mais do que emitiu. Esses juros pressionaram o endividamento do governo, que precisou reconhecer mensalmente os valores de correção dos títulos.

A Dívida Pública Federal Externa (DPFe) também teve um aumento, subindo 0,99%, passando de R$ 306,13 bilhões em abril para R$ 309,17 bilhões em maio, principalmente devido à valorização do dólar no período.

Colchão da dívida e prazos

O colchão da dívida pública, reserva financeira destinada a momentos de turbulência, diminuiu de R$ 904 bilhões em abril para R$ 861 bilhões em maio, devido ao resgaste líquido de títulos. Apesar dessa queda, o colchão ainda cobre 8,77 meses de vencimentos da dívida pública.

A previsão para os vencimentos de títulos federais nos próximos 12 meses é de R$ 1,229 trilhão.

Composição da dívida pública

A composição da DPF mudou em maio. A participação dos títulos corrigidos pela inflação diminuiu de 28,46% para 26,64%, e a participação dos papéis prefixados aumentou de 20,23% para 21,1%. Os papéis atrelados à Selic, por sua vez, subiram de 47,3% para 48,25%, refletindo a alta recente da taxa de juros.

A dívida pública vinculada ao câmbio permaneceu estável, com uma leve oscilação de 4,01% para 4,02%, dentro dos limites estabelecidos pelo Plano Anual de Financiamento (PAF) para 2025.

Prazos e detentores da dívida

O prazo médio da DPF subiu de 4,17 para 4,20 anos, indicando uma ligeira confiança dos investidores na capacidade do governo de honrar seus compromissos financeiros. As principais detentoras da dívida pública interna são instituições financeiras (30,1%), seguidas por fundos de pensão (23,6%) e fundos de investimento (22,4%).

Apesar da instabilidade externa, a participação de investidores estrangeiros na DPF aumentou de 9,7% em abril para 9,9% em maio, o que representa uma recuperação em relação ao ano passado, quando esse índice estava em 11,2%.

Projeções para o futuro

De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF) de 2025, o estoque da DPF deve encerrar o ano entre R$ 8,1 trilhões e R$ 8,5 trilhões. O governo brasileiro continua lidando com um endividamento crescente, mas com uma estrutura de dívida que inclui títulos com diferentes indexadores, oferecendo algum grau de previsibilidade.

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Foto: Marcos Santos / USP Imagens / CP

Fonte: Jornal Rondônia

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