Um dos eventos mais esperados pela comunidade cultural de Porto Velho e seus distritos acontece nos dias 19 e 20 de julho em Nazaré.
O Festival do Distrito de Nazaré é a maior intervenção cultural da região, que passa de geração em geração, e segue viva em Porto Velho. Boi Curumim de Nazaré, dança Circular, dança do Seringandô, dança dos Banzeiros, carimbó de Nazaré fazem parte da programação do evento.
Nazaré é o celeiro da cultura raiz do povo amazônico. Um povo acolhedor e cheio de sonhos vive no vilarejo à beira do Rio Madeira, distante cerca de 170 quilômetros de Porto Velho. A única via para chegar ao distrito é pela água. Encostam no barranco voadeiras, rabetas, batelão e grandes embarcações, e quem sobe aquelas escadas bebe da fonte mais pura da cultura enraizada ribeirinha.
“Aquela criançada foi copiando umas das outras e hoje a gente chama Nazaré, O Coração da Cultura”, dizia o saudoso Manoel Maciel, pioneiro na comunidade e um visionário da cultura naquele lugar. Maciel não vive mais entre nós, mas seu legado é seguido por seus filhos Timaia, Taiguara, Teimar e Túlio que, juntos aos filhos e sobrinhos, criaram o grupo Minhas Raízes e mantém viva as tradições.
O governo de Rondônia, por meio da Superintendência da Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel), apoia o festival e, segundo o superintendente Jobson Bandeira, a cultura raiz do povo amazônico precisa ser fortalecida. “Este é o primeiro ano que vou ao festival. Sei que vou encontrar por lá um povo cheio de alegria e acolhedor. Nazaré historicamente tem conexão com a cultura raiz, por lá tinha o professor Manoel Maciel que levou o teatro, o circo, a música e a evolução da comunidade. Convido a todos a prestigiar esse evento”.
Na programação do Festival Cultural de Nazaré também tem cinema. Um dos filmes exibidos será o curta “Balanceia”, que já rodou por mais de 23 Festivais de cinema pelo Brasil. O filme narra que uma viagem à Ilha de Parintins, no Amazonas, provoca uma fusão de sentimentos em um homem. Depois de vivenciar o Festival Folclórico da Ilha Tupinambarana, o viajante se surpreende com crianças ribeirinhas que desafiam a força das águas.