Denominado como a “Base do Povo”, o grupo composto pelos vereadores Alexis Palitot (PTB), Ada Dantas (PMN), Cristiane Lopes (PTB), Marcio Oliveira (PMDB), Da Silva (PSB) e Ellis Regina (PC do B), já vinha mostrando suas armas para cima do prefeito Hildon Chaves (PSDB), que rompeu todos os laços com o bloco.
Após a deflagração da operação “Ciranda” nesta última terça-feira (29), que culminou com a prisão e exoneração do comando da Secretária Municipal de Educação, acusada de integrar um esquema multipartidário que lesou em mais de R$ 20 milhões estudantes de regiões ribeirinhas da cidade, a situação complicou de vez para o prefeito e a “Base do Povo” já se articula para da início a um pedido de investigação e possível impeachment do prefeito caso seja comprovado irregularidades.
Até o momento Hildon segue tranquilo já que para a aprovação do pedido de CPI é necessário a assinatura de ao menos 14 vereadores, numero que a base oposicionista não possui, porém para apresentar a proposta é necessário apenas sete assinaturas e certamente a opinião pública será o fator que determinará o andamento do pedido, já que muitos vereadores estão em pleno processo de campanha eleitoral.
Para alguns vereadores é impensável que o prefeito não estivesse a par das irregularidades, sendo que nomes de “laranjas” possam estar sendo utilizado para beneficiar grupos políticos com o dinheiro desviado da educação. Paralelamente o prefeito ainda é alvo de uma denuncia no Ministério Público envolvendo o contrato do transporte escolar terrestre.
O depoimento dos presos será imprescindível para que as autoridades compreendam onde está o prefeito de Porto Velho no meio desse emaranhado de falcatruas, até o momento ele não foi apontado como investigado pela Polícia Federal.