A Universidade Federal do Paraná (UFPR), a mais antiga do Brasil, rejeitou a adesão ao programa Future-se, do Ministério da Educação (MEC), em sessão extraordinária do Conselho Universitário realizada nesta terça-feira (27). A decisão foi unânime.
Entenda o que já se sabe sobre o Future-se e o que ainda falta esclarecer
Segundo a instituição, as discussões sobre as propostas do MEC começaram assim que o Future-se foi divulgado, em 17 de julho, abrindo o debate para a sociedade.
O Conselho Universitário divulgou um documento de 44 páginas, construído coletivamente e aprovado por unanimidade, no qual analisa os pontos da proposta do Governo Federal.
De acordo com a instituição, o texto aborda premissas que envolvem o atual contexto, omissões do projeto de lei, intuições e preocupações da universidade, os principais problemas do projeto e receios que surgem com ele.
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Para a UFPR, o programa do MEC vai contra os princípios de autonomia universitária e o ensino superior público e de qualidade.
Conforme a universidade, a análise levanta pontos como ausência de diálogo, indefinição em relação aos campi do interior e cursos sem vocação para captação de recursos, indefinição da manutenção do financiamento público, amarras para o uso de recursos próprios, papel dos docentes na captação de recursos e regime de trabalho.A UFPR informou que também foi destacada a ausência de informações sobre questões como múltiplas vocações, objetivos, estruturas e modelos de universidades, atenção às áreas acadêmicas sem conexão imediata com as necessidades do mercado, dimensão da inclusão, dimensão social da extensão, campi avançados e dimensão do desenvolvimento regional; aparente desconexão com as políticas públicas de educação em andamento e omissão do uso de determinadas fontes de arrecadação.
A instituição disse ainda que está comprometida com a discussão de propostas voltadas para o aperfeiçoamento das práticas das Instituições Federais de Ensino Superior e das políticas para a ciência e para a educação.
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