Mulher que sumiu após desembarcar em aeroporto teve corpo queimado e jogado em fornalha de laticínio

A Polícia Civil anunciou, nesta segunda-feira (15), que concluiu as investigações do caso de L. de O., de 40 anos, que ...

Por G1

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A Polícia Civil anunciou, nesta segunda-feira (15), que concluiu as investigações do caso de L. de O., de 40 anos, que sumiu após desembarcar no aeroporto de Goiânia. De acordo com a corporação, ela foi assassinada, teve o corpo carbonizado e jogado dentro da fornalha de um laticínio, pertencente a um dos suspeitos do crime. Ele e um comparsa estão presos. Uma mulher também é investigada.

Segundo as investigações, o laticínio pertence a J. P. F., apontado como mandante do crime. Segundo a polícia, ele manteve um relacionamento extraconjugal com a vítima e se sentia “feito de bobo” por ela já estar com outra relação. Conforme a investigação, o empresário perdoaria uma dívida de R$ 20 mil do amigo R. R. F., desde que ele matasse a mulher.

O delegado Thiago Martimiano, responsável pelo caso, disse que o suspeito de cometer o crime confessou ter assassinado a vítima com uma marretada na cabeça e que, em seguida, com o auxílio do mandante do crime, queimou o corpo.

“Os objeto pessoais foram todos queimados. Depois, tiraram as cinzas, colocaram em um carrinho e descartaram no mesmo local onde são descartadas as cinzas do laticínio. É impossível [localizar os restos mortais]”, disse o delegado.

De acordo com a polícia, os suspeitos de cometerem o crime foram indiciados pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. O delegado diz existem várias qualificadoras no indiciamento de homicídio, entre elas a de motivo torpe, sem chance de defesa a vítima e mediante pagamento ou promessa de recompensa.

Anteriormente, o escritório Siffermann e Rocha Advogados Associados representava os dois presos. Mas, no domingo (14), a defesa enviou um posicionamento dizendo que trabalha somente para o mandante do crime e que só vai se manifestar após a conclusão da investigação “em respeito ao sigilo decretado nos autos”.

A partir de agora, Divino Diogo Leite é o responsável pela defesa do suspeito de executar o crime. Apesar de o delegado afirmar que ele confessou o crime, em nota  o advogado alegou que o cliente não cometeu o homicídio e entregou a vítima viva ao idealizador do crime.

Crime
A mulher desapareceu no dia 13 de fevereiro, após voltar da Colômbia, onde estava morando, e desembarcar em Goiânia. Uma câmera de segurança registrou quando ela entra em um carro após sair do saguão do aeroporto. Depois disto, ela não foi mais vista.

O suspeito de executar o crime é o motorista do veículo visto buscando a vítima. Em depoimento, o homem explicou como cometeu o crime.

“Entre Goiânia e Bela Vista, a vítima dormiu por causa da viagem. Ele parou o carro e desferiu um golpe de marreta na cabeça dela. Ela desfaleceu. Ele já tinha combinado com o com o suspeito de planejar o crime de que ia levar o corpo ao laticínio”, afirma.

O suspeito de executar a mulher, afirmou à polícia que a vítima morreu logo após o golpe. Em seguida, ele parou o carro em um lixão, pois, segundo o delegado, havia combinado com o suspeito de planejar o crime que só levaria o corpo para o laticínio mais tarde, quando o expediente já tivesse sido encerrado.

Uma mulher, que era babá da filha da vítima, é suspeita de intermediar a viagem, bem como planejar a logística do crime. Ela é investigada junto aos dois indiciados e não foi presa.

Dívida e chantagem

Segundo o delegado Thiago Martimiano, o suspeito de planejar o crime é casado, mas manteve um relacionamento com vítima, com quem teve uma filha. Porém, atualmente, ela estava vivendo na Colômbia e estava se relacionando com outro homem.

“O o suspeito de planejar o crime mostra um misto de sentimentos. Ele diz que nutria um afeto pela vítima, mas, nas palavras dele, era feito de bobo, pois estava mantendo a filha e, eventualmente a mulher, financeiramente, e ela já estava com outra pessoa e isso, nas palavras dele, o magoava muito. Além disso, ele se sentia extorquido e chantageado, pois a mulher poderia dizer algo para a esposa dele, que não sabia tanto da existência do relacionamento quanto da filha que eles tinham”, contou o delegado.

Diante dessa situação, segundo o delegado, o empresário pediu ao amigo  que matasse a mulher. Inicialmente, conforme o investigador, o amigo do empresário chegou a passar 13 dias na Colômbia vigiando a vítima, mas não conseguiu cometer o homicídio.

“O amigo do empresário devia de R$ 20 mil a R$ 30 mil e disse que faria o serviço, resolveria esse problema que o empresário narrava que tinha, em troca da quitação da dívida”, disse Martimiano.

Foto: Polícia Civil/Divulgação
Foto: Polícia Civil/Divulgação

Fonte: G1

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