A cadela Case, uma pastora alemã de 7 anos, que atuou em Brumadinho (MG), salvou quatro pessoas em meio aos escombros do terremoto que atingiu a Turquia. O resgate das vítimas foi feito na última terça-feira (14), na cidade de Kahramanmaras, quando Case sinalizou a possível presença de soterrados.
“O frio intenso tem sido uma das principais dificuldades enfrentadas pelos militares, que relatam temperaturas de até -5ºC. Mesmo assim, as equipes seguem empenhadas na missão que consiste, principalmente, em atuar na varredura final de locais onde já foram realizadas buscas”, informa a Sesp (Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social) do Espírito Santo por meio de nota.
Case chegou na Turquia na última sexta-feira (10), integrando uma equipe de seis militares capixabas que atuaram, também, na tragédia de Mariana (2015), Brumadinho (2019), e Itabuna (2021).
Heroína
A cadelinha brasileira Case foi enviada à Turquia para auxiliar na busca das vítimas do terremoto de 7,8 graus de magnitude que assolou a região na segunda-feira (06).
Já a cadela, que trabalha na modalidade de busca de vítimas desde 2016, participou de operações no Recife (2022), onde localizou a última vítima a ser encontrada após as chuvas de junho; no desastre de Petrópolis-RJ (2022), encontrando 23 pessoas; na Bahia e em Vila Velha, além de feito parte de diversas outras ocorrências, incluindo a busca por pessoas perdidas em florestas.
O resgate na Turquia
O grupo de seis militares estava trabalhando nesta terça, 14, no que restou de um prédio de nove andares na cidade de Kahramanmaras, quando a cadela Case, com a sua experiência em busca de vítimas como do caso de Brumadinho, sinalizou a possível presença de soterrados na missão na Turquia.
Os cães costumam balançar o rabo e arranhar o local com as patas quando identificam sobreviventes. Eles são capazes de identificar o cheiro de sangue, fezes, urina, suor e até mesmo hálito humano e hormônios. O estado de saúde das vítimas encontradas pela cadela não foi divulgado.
As equipes de busca permanecem vasculhando a área à procura de sinais de vida.