“Há algumas semanas, conheci um rapaz durante o jogo do Flamengo, em São Pedro da Aldeia, cidade litorânea no estado do Rio de Janeiro, onde vivo. Marcamos um segundo encontro em Cabo Frio, cidade vizinha a que estávamos, para nos conhecermos melhor. Quando ele me mandou uma mensagem dizendo que tinha chegado, ainda demorei uns cinco minutos para terminar de me arrumar e desci. Fechei a portão da minha casa, entrei no carro dele e três bandidos armados nos renderam. Estava começando a pior noite da minha vida. Veja mais!
Durante uns 20 minutos, mandaram que seguíssemos em frente. Até entrarmos em uma rua escura, sem movimento nenhum. Nesse momento, ordenaram que parássemos. Um deles saiu do carro, trancou meu amigo no porta- malas e assumiu o volante. Os demais ficaram no banco de trás. Sem parar o carro, o cara que estava dirigindo me mandou tirar a roupa. Eu disse: ‘Por favor, não faz isso comigo’! Aí ele encostou a arma destravada na minha cabeça e disse que se eu não fizesse tudo o que ele mandava, atiraria. Tirei a roupa, ele me puxou para cima dele e começou a me estuprar. Uma perna minha ficou debaixo do volante e a outra, no banco. Depois, os outros me puxaram para trás e me botaram no meio deles. Um me mandou fazer sexo oral, enquanto o outro me penetrava. Depois, trocaram os papéis. Veja mais!
Sempre chorando, pedia pra eles pararem. Meu maxilar doía muito, estava tão fraca que não conseguia nem abrir mais a boca. Às vezes, encostava sem querer o dente em seus pênis e era ameaçada. ‘Se machucar vai levar porrada’, diziam. Depois de um tempo que não sei precisar, pararam numa lanchonete e saíram para fazer o assalto. Do carro, sem força nenhuma, assistia a tudo meio lesada. Assim que embarcaram de novo, recomeçou o horror. Houve outra parada para um segundo assalto, mas aí não conseguia mais registrar nada direito.
De lá, pararam em um terreno baldio e continuaram o estupro. Eu não tinha nem mais forças pra ficar em pé, nem pra gritar. Estava sempre sob fortes ameaças de morte e xingamentos de todos os tipos! A essa altura, não tinha mais esperanças de nada. Estava certa de que morreria ali.
Veja outros casos
- Criança era estuprada pelo pai enquanto mãe ia para o curso
- Bêbado, padrasto confessa em áudio ter estuprado a enteada de 12 anos
- Incêndio destrói casa de bandido que estuprou e matou menina de 8 anos
- Criança recebia presentes para ser estuprada por idoso em rede
Quatro horas depois de ter sido raptada, me colocaram no porta-malas do carro junto com meu amigo que me olhava assustado. Em seguida, disseram que iam atear fogo no carro e fecharam a porta.
Lá de dentro, ouvi os três discutindo. Um deles falou que era melhor ir embora logo. Outro relutou: ‘Vamos tacar fogo sim’! Depois disso, os gritos foram substituídos por um silêncio assustador. Quis tentar sair, mas meu amigo disse que eles poderiam estar nos testando e que, provavelmente, iriam atirar na gente quando saíssemos do carro. ‘Prefiro morrer com um tiro do que queimada’, disse. Daí, começamos a gritar muito alto para que alguém pudesse nos tirar dali, mas ninguém respondeu.
Passados alguns minutos, meu amigo disse que sabia abrir o porta malas por dentro. ‘Por que você não fez isso antes?’, perguntei. Ele falou que jamais me deixaria ali sozinha para morrer. Isso porque os bandidos gritavam o tempo que me matariam, caso meu amigo tentasse alguma coisa – e o alarme do carro disparava quando o porta malas era aberto.
Decidimos abrir a mala do carro e sair. Se eles estivessem lá ainda, iríamos morrer de qualquer forma. Quando meu amigo abriu já não tinha mais ninguém no local. Depois de uma crise compulsiva de choro, procuramos a chave do carro e não achamos. Então, decidimos correr para deixar logo aquele local. Durante 30 minutos permanecemos correndo até achar a pista principal da estrada abandonada onde fomos deixados. Até que, por sorte, avistamos uma viatura da polícia passando e gritamos pedindo ajuda.
Fomos direto para a delegacia. Os policiais me acalmaram um pouco e me levaram para o hospital. Lá, tomei três injeções e vários remédios via oral. Ainda estou sendo medicada, são 90 dias de tratamento. Meu amigo só machucou os olhos, o rosto, a cabeça, mas nada de grave. O meu celular também foi levado pelos bandidos. Eu temia que eles encontrassem nele o endereço da minha casa ou os contatos dos meus familiares.
Quando cheguei em casa, fiz uma desabafo nas minhas redes sociais. Queria justiça! E, com a ajuda dos internautas, consegui os vídeos do assalto na lanchonete e encaminhei para a polícia. No dia seguinte, soube que dois dos bandidos foram mortos e o terceiro está foragido. A polícia segue investigando.
Ainda estou muito assustada com o que aconteceu. No momento, só quero esquecer tudo isso e descansar, ter um pouco de paz. Estou fazendo acompanhamento com psicólogos e tomando medicamentos. É extremamente necessário.
Não tive mais contato com o meu amigo. Ele não quer aparecer, está recluso. Sigo ainda em choque, ele também. Tenho medo ainda de andar nas ruas sozinha, é tudo muito recente. Atualmente, só saio de casa para ir aos médicos ou depor na polícia. E, apesar de tudo, sou grata pelo milagre de ser salva. Estou aqui! Estou viva! E é isso que importa agora.”