A Petrobras anunciou nesta terça-feira (15) que vai aumentar os preços médios da gasolina e do diesel vendidos a distribuidoras. A medida passa a valer nesta quarta-feira (16).
De acordo com a empresa, o preço médio do litro de gasolina será elevado em R$ 0,41 (+16,3%), de R$ 2,52 para R$ 2,93.
“Considerando a mistura obrigatória de 73% de gasolina A e 27% de etanol anidro para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, de R$ 2,14 a cada litro vendido na bomba”, afirma a companhia.
O aumento é o primeiro anunciado pela Petrobras desde a extinção da política de paridade internacional dos combustíveis, em maio. Desde então, só foram apresentadas reduções no valor dos combustíveis. No ano, a variação acumulada do preço de venda de gasolina A da Petrobras para as distribuidoras apresenta redução de R$ 0,15 por litro.
Para André Ângelo, estrategista de inflação da Warren Rena, a alta nas bombas será de 6,325.
Já o litro do diesel foi elevado em R$ 0,78 (25,8%), de R$ 3,02 para R$ 3,80. “Considerando a mistura obrigatória de 88% de diesel A e 12% de biodiesel para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor será, em média, de R$ 3,34 a cada litro vendido na bomba”, reforça a empresa.
Os reajustes dos combustíveis já eram defendidos pelos agentes do mercado há algumas semanas devido à forte valorização do petróleo no mercado internacional. Segundo a Abicom (Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis), o preço da gasolina nos polos da Petrobras encontra-se defasado em R$ 0,90 (-27%), e o do diesel, em R$ 1,18 (-28%).
No anúncio das altas, a Petrobras reforça que ao extinguir o PPI incorporou parâmetros que refletem as melhores condições de refino e logística na sua precificação. “Em um primeiro momento, isso permitiu que a empresa reduzisse seus preços de gasolina e diesel e, nas últimas semanas, mitigasse os efeitos da volatilidade e da alta abrupta dos preços externos, propiciando período de estabilidade de preços aos seus clientes.”
“Ciente da importância de seus produtos para a sociedade brasileira, a companhia reitera que na formação de seus preços busca evitar o repasse da volatilidade conjuntural do mercado internacional e da taxa de câmbio, ao passo que preserva um ambiente competitivo salutar nos termos da legislação vigente”, completa a estatal.