O Credit Suisse anunciou, na madrugada desta quinta-feira (16/3), pelo horário de Brasília, que pretende tomar empréstimos de até 50 bilhões de francos suíços (US$ 54 bilhões) junto ao Banco Nacional da Suíça, o Banco Central do país.
Segundo o Credit Suisse, o empréstimo apoiará “os principais negócios e clientes, à medida que a instituição toma as medidas necessárias para criar um banco mais simples e focado nas necessidades do cliente”.
“Essas medidas são um movimento decisivo para fortalecer o Credit Suisse, à medida que continuamos nossa transformação estratégica para agregar valor aos nossos clientes e outras partes interessadas”, afirmou o CEO do banco, Ulrich Koerner, em comunicado.
O banco informou também que deve comprar de detentores uma parcela de sua dívida, em uma oferta que expira no dia 22 de março. Uma parte será de títulos emitidos em dólar, no valor de até US$ 2,5 bilhões, e outra será de papéis emitidos em euros, no montante de até 500 milhões de euros.
“As transações são consistentes com nossa abordagem proativa para administrar a composição geral de passivos e otimizar despesas com juros e nos permitem aproveitar os níveis atuais de negociação para recomprar dívidas a preços atraentes”, informou o Credit.
Ações sobem
Após recuar para a mínima histórica na quarta-feira (15/3), com um tombo de 24% na Bolsa de Valores de Zurique, as ações do Credit Suisse abriram a sessão desta quinta registrando forte valorização, alavancando papéis de outras instituições do setor financeiro.
As ações do Credit subiam 23,15% por volta das 7h30 (pelo horário de Brasília) e eram negociadas a pouco mais de 2 francos suíços (cerca de R$ 11,50). Na máxima da sessão até aqui, os papéis avançaram 31%, a 2,22 francos suíços (R$ 12,70).