A Polícia Federal (PF) em conjunto com o Ministério Público de Rondônia (MP-RO), deflagraram uma operação com o objetivo de desarticular uma associação criminosa que tinha como objetivo praticar crimes contra a liberdade durante os bloqueios das rodovias federais em Rondônia.
Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão. Os alvos eram empresários, produtores rurais e um policial militar da reserva. A ação aconteceu na manhã deste sábado (17), em Colorado do Oeste (RO).
Investigações
Segundo o MP, as investigações tiveram início em novembro deste ano, após comerciantes, caminhoneiros e autônomos informarem aos policiais que haviam sido constrangidos pelos líderes da manifestação, que são contrários ao resultado da eleição nacional.
Durante as investigações, a PF e o MP apuraram que o grupo:
- Coagiam servidores públicos;
- Impediam pessoas de trafegar ou obrigavam elas a aderir ao movimento;
- Comércio foi obrigado a fechar como forma de apoio à manifestação;
- Pessoas foram impedidas de abastecer seus veículos livremente;
- Caminhões tanques foram impedidos de passar;
- Quantidade de combustível foi limitado para os moradores.
Além disso, o Ministério Público constatou que a população local foi “cerceada do acesso a bens de consumo essenciais, tais como alimentos, água, combustível e botijão de gás, estudantes tiveram prejudicado o seu acesso às escolas”.
Conforme mostrou a investigação, alguns dos investigados possuíam licença de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador, conhecido como CAC.
Operação conjunta
Além dos mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão, o Juízo de Direito da Vara Criminal de Colorado do Oeste determinou outras medidas cautelares, como a suspensão do direito ao porte e a posse de arma de fogo, bem como três medidas de monitoramento eletrônico.
Na operação teve a participação de cerca de 50 policiais federais, que durante a ação apreenderam:
- Nove armas;
- mais de 500 munições de diferentes calibres e;
- 6 aparelhos telefônicos.
Os objetos apreendidos serão analisados pelos agentes federais para que seja possível identificar outros envolvidos, sobretudo, possíveis financiadores do grupo criminoso.