Uma mulher e um cachorro foram atropelados por pessoas em cavalos e motos em uma praia de Peruíbe, próximo à divisa com Itanhaém, no litoral de São Paulo. Eles participavam de uma corrida irregular quando atingiram a vítima e seu cão.
O acidente aconteceu no dia 5/12 na praia do Taniguá. No entanto, um vídeo do atropelamento começou a circular nas redes sociais nesta última semana do ano. Na imagem, é possível ver que os cavalos e as motos estão em alta velocidade na areia quando atingem a mulher e o cão.
A gravação mostra o cachorro entrando no meio da corrida e sendo atropelado pela motocicleta. O animal chega a gemer de dor. A mulher ferida fica caída no chão e é ajudada por pessoas que assistiam a corrida.
O motociclista também cai da moto. A vítima atropelada teve o braço quebrado, e o cachorro morreu, segundo o Conselho Municipal de Proteção e Bem-Estar Animal de Peruíbe (Combem).
Mulher e cão são atropelados em corrida na praia entre cavalos e motos
Cachorro morreu e a mulher ficou com o braço quebrado em Peruíbe, no litoral de São Paulo. Prefeitura decidiu fechar a praia após acidente
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— Metrópoles (@Metropoles) December 31, 2021
Problema antigo
Esse tipo de corrida irregular é comum na região, que faz parte da Área de Proteção Ambiental (APA) Marinha Litoral Centro e dá acesso a aldeias indígenas.
“O local tem sido palco da invasão por cavaleiros e cavalos, vindo em sua maioria de outras cidades da Baixada Santista, São Paulo e interior, realizando atividades ilegais de corridas”, explicou o secretário de Meio Ambiente de Peruíbe, Eduardo Ribas.
Após a repercussão do atropelamento, a praia foi fechada na última quarta-feira (29/12), segundo a prefeitura informou ao jornal.
Em outubro deste ano, a Secretaria de Defesa Social, Secretaria de Meio Ambiente e Polícia Militar de Peruíbe fizeram uma ação na praia do Taniguá para coibir as corridas de cavalos irregulares.
“Quando as operações de fiscalização e repressão não estão ocorrendo, os transgressores invadem a praia e promovem as atividades”, lamentou Eduardo Ribas.
Denúncia
Segundo a presidente do Combem Mari Polachini, o atropelamento não chegou a ser registrado como boletim de ocorrência na polícia, já que a atividade que acontecia era ilegal. Ela disse para a reportagem que essas corridas irregulares são denunciadas há anos.
“Esses eventos com cavalos acontecem há dez anos naquela praia. Há três anos entramos com representação no Ministério Público denunciando a situação. Alguns eventos são grandes e entram com ônibus lá dentro. Já houve mortes de cavalos e aplicam injetáveis nos animais”, denunciou.