A implantação das Organizações Sociais (OS´s) pela Prefeitura de Porto Velho será tema de uma audiência pública, no Plenário da Assembleia Legislativa de Rondônia. Na discussão, a assessoria técnica da Prefeitura pretende convencer os servidores públicos a apoiarem a ideia da terceirização de vários setores da administração pública municipal – saúde, educação, esporte, cultura, e Meio Ambiente.
A presença dos servidores municipais no debate será de vital importância porque a maioria ainda não se deu conta da situação: As OS´s não costumam dar certo onde são implantadas e representam caminho largo para a corrupção. No Brasil inteiro, inúmeras OS´s estão sendo alvo de denúncias e seus proprietários presos por crimes que vão de peculato, a estelionato e até má versação de dinheiro público e fraude.
Os exemplos de corrupção estão no vizinho Amazonas, como também no Estado de Goiás, onde o presidente da OS´s Instituto Gestão em Saúde, que administra o Hospital de Urgência de Goiânia (Hugo), Eduardo Reche de Souza foi indiciado por peculato e estelionato. Vale lembrar que a Prefeitura quer utilizar o modelo de administração das OS´s de Goiânia em Porto Velho.
O servidor municipal tem que participar para exigir da Prefeitura o sepultamento do projeto e a retomada dos investimentos nos setores que serão alvo da terceirização. O problema da administração municipal de Porto Velho não é dinheiro, mas sim, gestão.
Enquanto a Prefeitura insiste em privatizar os serviços municipais prestados à população, as unidades continuam sem médicos, sem remédios, e com atendimento precário. A situação vai ficar pior e depois que for tudo aprovado, não haverá como voltar atrás na decisão.
A cobrança também tem que ser feita sobre os vereadores eleitos que ganharam o voto de confiança para fazer o melhor ao serviço público e não entrega-lo para empresários. A maioria dos vereadores está de mãos dadas com o Município e são favoráveis à terceirização.