Uma operação do governo do Distrito Federal desmontou neste sábado (13) o acampamento 300 do Brasil, do grupo bolsonarista que protestava em Brasília. Eles cobram que o presidente Jair Bolsonaro intervenha em defesa do grupo, alvo de investigações do Ministério Público por suspeita de porte de arma.
Agentes da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), do Corpo de Bombeiros e da Secretaria de Estado de Proteção da Ordem Urbanística (DF Legal) recolheram faixas, material de lona e estrutura metálica do acampamento, que estava montado na Esplanada dos Ministérios e também na Praça dos Três Poderes. A PM usou gás de pimenta para dispersar um pequeno grupo que resistiu à ação.
A militante Sara Winter, ex-assessora de confiança da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, protestou no Twitter. “Hoje às 6 (horas) da manhã a PMDF junto à Secretaria de Segurança desmantelou baixo (sic) gás de pimenta e agressões. Barracas, geradores, tendas, tudo tomado à força! A militância bolsonarista foi destruída hoje. Presidente, reaja!”
Em nota, a Secretaria de Proteção da Ordem Urbanística do DF informou que a ocupação da área pública não era permitida. “Ainda, o decreto nº 40.509/20, que trata de medidas de enfrentamento à pandemia, proíbe aglomerações com mais de 100 pessoas em eventos que demandem a autorização prévia do GDF [Governo do Distrito Federal].”
A Secretaria de Segurança Pública do DF (SSP/DF) afirmou que as forças de segurança atuaram de acordo com a legislação local: “Houve diversas tentativas de negociação para a desocupação da área, mas, infelizmente, não houve acordo. Os acampamentos foram desmontados sem confronto”.
Bolsonaristas e promotores de Justiça travavam uma disputa judicial há mais de um mês pela manutenção ou remoção do acampamento.
Há pouco, os militantes governistas se dirigiram às proximidades do Congresso Nacional, onde encontraram um grupo que se manifestava contra o presidente. Houve provocações, mas sem confrontos.
(Com Estadão Conteúdo)
(Edição: Leandro Nomura)