Programa de combate à pobreza menstrual completa um ano em Porto Velho

Atualmente, 700 famílias na capital são atendias com absorventes íntimos todos os meses

Por Assessoria

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Ele é um instrumento básico de higiene, dignidade humana e proteção à saúde. Após ganhar destaque nos últimos anos, as dificuldades de acesso ao absorvente íntimo, e as consequências advindas disso, sensibilizaram o Executivo Municipal.

Há um ano, Porto Velho lançava o Programa de Combate à Pobreza Menstrual que, atualmente, distribui de forma gratuita absorventes íntimos a mulheres em situação de vulnerabilidade social no município. Só no último mês, a Prefeitura distribuiu 1,4 mil pacotes com absorventes a 700 famílias cadastradas que também são atendidas com cestas básicas entregues pela Secretaria Municipal de Assistência Social e da Família (Semasf).

Somente no último mês, a Prefeitura distribuiu 1,4 mil pacotes com absorventesSomente no último mês, a Prefeitura distribuiu 1,4 mil pacotes com absorventes

 

A falta de absorvente íntimo durante o período menstrual pode trazer graves consequências ao rendimento escolar, no caso das estudantes, e até isolamento social e econômico no caso de mulheres de baixa renda que buscam inserção no mercado de trabalho. “Para muitas pessoas o absorvente pode ser um item barato, mas para famílias em situação de vulnerabilidade é um material difícil de adquirir. Tínhamos relatos de muitas mulheres e meninas que precisavam improvisar ou nem sequer utilizavam. Não é apenas uma mera entrega, mas uma ferramenta de promoção da saúde e da dignidade humana”, pontua o secretário da Semasf, Claudi Rocha.

A distribuição do absorvente higiênico é realizada através do Departamento de Proteção Social Básica (DPSB) para as famílias devidamente cadastradas nos Cras. Junto com as cestas básicas, cada família recebe dois pacotes de absorvente.

“A gestão se sensibiliza com esse tema que é tão recorrente no dia a dia de quem precisa de absorventes íntimos, que é um item de primeira necessidade para quem está em vulnerabilidade. A implementação dessa política de colaboração com a comunidade, trouxe impacto positivo. As donas de casa que são vulneráveis não se sentem mais impotentes quando surge a necessidade da utilização desse item de higiene, deixando de passar por constrangimento. A ação da Prefeitura é de suma importância para as famílias que estão sendo beneficiadas”, observou a diretora do DPPM, Gina Brito.

Famílias que recebem o benefício são devidamente cadastradas no CrasFamílias que recebem o benefício são devidamente cadastradas no Cras

 

Para ter acesso ao serviço, as mulheres precisam estar inseridas no CadÚnico, uma vez que a distribuição ocorre por meio dos Centros de Referência da Assistência Social (Cras) espalhados pela cidade.

“Nós optamos por fazer essa integração, entregando os absorventes dentro dos kits de higiene que acompanham a cesta básica a famílias em situação de vulnerabilidade socioeconômica. São famílias acompanhadas pelos serviços dos Cras e do Creas do município”, explica Mariana Cartaxo, diretora do Departamento de Gestão em Direitos do Sistema Único de Assistência Social (SUAS), submetida à Semasf.

REFERÊNCIA

O projeto de lei que trata da distribuição gratuita de absorventes íntimos é de autoria do Executivo Municipal em 2021, aprovada pela Câmara de Vereadores e sancionada pelo prefeito Hildon Chaves. A distribuição também contempla alunas da rede municipal de ensino. A iniciativa colocou Porto Velho como referência na região Norte quanto ao combate à pobreza menstrual.

Fonte: Assessoria

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