A vereadora Ada Dantas Boabaid (PDT) fez transmissão ao vivo de sua rede social na noite desta segunda-feira (29) para comentar sobre a reunião virtual com participação do prefeito de Porto Velho, Hildon Chaves e do governador do estado, Marcos Rocha. Após horas reunidos, foi decretado que parte do comércio será novamente fechada pelos próximos 14 dias a contar desta quarta-feira (01).
Um dos principais pontos indagados por Ada Dantas é sobre quais medidas o prefeito Hildon Chaves irá tomar durante estas duas próximas semanas para melhorar o atendimento aos pacientes nas unidades de saúde, pois conforme informou o próprio Hildon durante a audiência, não há protocolo definido pelos médicos para que seja feita a aquisição completa de medicamentos para serem distribuídos na rede municipal.
Ada Dantas citou que os vereadores tem projetos aprovados na câmara que preveem, inclusive, autorização de protocolo com azitromicina, invermectina, vitaminas, e também hidroxicloroquina que poderia ser manipulada, tamiflu entre outros, visando ajudar a prefeitura de Porto Velho. Um dos projetos é referente aos medicamentos fitoterápicos, onde a prefeitura faz chamamento público ou contrato emergencial com farmácias de manipulação para que sejam manipulados os medicamentos e entregues para a população. “Até o momento nenhum destes projetos foi sancionado pelo prefeito de Porto Velho, e ele (Hildon Chaves) não precisava destes projetos para poder fazer esse chamamento ou contratação emergencial, no entanto até o momento o prefeito afirmou que não encontrou alguma forma de fazer a aquisição destes medicamentos”, informou Ada Dantas.
A vereadora salientou ainda sobre os cuidados que os comerciantes estão tendo e questionou se o motivo da pandemia perdurar é devido aos comércios ou falta de medicamentos. “Muitas empresas fecharam por não terem suportado as consequências dos decretos estaduais que obrigavam o fechamento das portas, gerando prejuízos financeiros incalculáveis. O estado não tem efetivo para fiscalizar festas em balneários, aglomerações em residências, dentre outras, e o governo acaba culpando os comerciantes pelo avanço dos casos de covid. Não houve barreira sanitária e nem medidas mais severas para punir populares”, disse a parlamentar.
Desde o início da Pandemia, Ada Dantas pediu calma e paciência aos munícipes, pois aguardava que o executivo municipal realizasse ações efetivas para o combate ao coronavírus, porém, não foi o que aconteceu. “Chega um momento em que o cidadão perde a paciência. Quando você vê que o seu gestor não está te dando a resposta necessária, você vai chegando ao seu limite, e é o que aconteceu em Porto Velho. É uma necessidade que a população tem de saber quais foram as respostas trazidas pela prefeitura”, comentou a vereadora.
A vereadora salientou ainda que um dos motivos pela superlotação e alto número de infectados é a falta de protocolo de atendimento inicial nas unidades de saúde da rede básica do município. O paciente aguarda horas por atendimento e, quando consegue passar pelo médico, muitas vezes não tem acesso aos remédios para se tratar, pois falta na farmácia do município e na rede privada os medicamentos tiveram aumento exorbitante nos valores.
“Esse é o meu trabalho, de fiscalizar, denunciar e cobrar, e eu vou continuar fazendo meu papel. E nesse momento, não dá pra concordar com 14 dias de medidas restritivas sem planejamento, sem dizer se vai comprar os medicamentos, se vai ter fiscalização, que pessoas serão multadas, que aqueles que estão com coronavírus não ficarão nas ruas contaminados com outras pessoas”, finalizou Ada Dantas.