Com mais de 16 milhões de eleitores, Minas Gerais tem sido um dos principais focos de Lula (PT) e Jair Bolsonaro (PL) desde o início da corrida eleitoral rumo ao segundo turno, que acontece neste domingo (30).
O estado é o segundo maior colégio eleitoral do país e foi o único do Sudeste a dar vitória a Lula no 1º turno das eleições. Além disso, historicamente, o candidato que ganhou em MG ganhou também a eleição para presidente.
“A dinâmica eleitoral mineira reflete os movimentos da política nacional por causa da heterogeneidade geográfica e demográfica”, diz Bruno Carazza, colunista do Valor Econômico e professor da Fundação Dom Cabral, ao podcast “O Assunto”.
“A região do norte de Minas e do Vale do Jequitinhonha são regiões muito próximas ao Nordeste, enquanto o Triângulo Mineiro, por exemplo, tem um perfil até econômico relacionado ao agronegócio, muito próximo do Centro-Oeste. O sul de Minas é uma área de influência de São Paulo, e a Zona da Mata, região de Juiz de Fora, é muito ligada ao Rio de Janeiro.”
Dados eleitorais de Minas
Os dados do segundo turno das últimas cinco eleições mostram que os resultados mineiros tiveram uma diferença de, no máximo, 5,2 pontos percentuais em relação à votação nacional.
A eleição mais próxima foi a de 2014. Dilma Rousseff (PT) foi reeleita com 51,29% dos votos – e teve 52,24% dos votos dos eleitores de Minas Gerais.
Na última eleição presidencial, Jair Bolsonaro (PL, ex-PSL) se elegeu com 55,13% dos votos. Já em Minas, o atual presidente recebeu 58,19% dos votos – uma diferença de 3,06 pontos percentuais.
No 1º turno das eleições deste ano, os indicadores de Minas e do país também foram muito próximos. Lula (PT) recebeu 48,43% dos votos no Brasil e 48,29% em Minas. Já Bolsonaro recebeu 43,20% no país e 43,60% no estado mineiro.
Veja como foram as votações no 2º turno das últimas eleições presidenciáveis em Minas Gerais: