Na primeira parcial da prestação de contas exigidas pela Justiça Eleitoral, três candidatos a prefeito em Porto Velho declararam não ter recebido recurso e nem aplicado um único centavo na campanha. Edvaldo Soares (PSC), Geneci Gonçalves (PSTU) e Coronel Ronaldo (Solidariedade) tiveram zero investimento nestas eleições, apesar de terem carros plotados por toda cidade.
Os demais apresentaram dados de recebimentos e gastos até agora. Williames Pimentel (MDB) recebeu a maior fatia do fundo eleitoral. A legenda transferiu para a conta de campanha R$ 810.450,00 e os gastos do candidato somaram R$ 267.784,50. O PSL também foi generoso com Eyder Brasil transferindo outros R$ 337.000,00 do fundão. Ao todo, Eyder garantiu R$ 367.814,00 de recursos, inclusive estimáveis, nesta primeira fase da disputa e gastou R$ 228.241,55.
Cristiane Lopes (PP) e Breno Mendes também receberam boas fatias do fundão. A candidata do PP assegurou cerca de R$ 200.000,00 e Breno outros R$ 286 mil do nanico Avante. Cristiane diz ter gasto R$ 120.785,00 e o candidato do Avante outros R$ 264.196,68. Lindomar Garçom (Republicanos) recebeu cerca de R$ 270.000,00 e gastou R$ 276.177,40.
O prefeito e candidato à reeleição, Hildon Chaves, recebeu pouco mais de R$ 122.000,00 do fundão. Somados aos recursos aplicados do seu próprio bolso, a campanha somou R$ 529.712,10 de investimento e apresentou gastos no valor de R$ 394.064,23. O petista Ramon Cajuí recebeu R$ 152.150,00 e gastou R$ 40.600,00.
Gastos maiores que receitas
Um dado apresentado pelo candidato do PTB, Leonel Bertolin, chamou atenção. Ele recebeu R$ 41.400,00 e seus gastos foram de R$ 107.915,75. Só com advogado o candidato gastou R$ 80.000,00. Na segunda parcial, ele deverá publicar de onde virão as receitas para cobrir o déficit. Da mesma forma, o candidato do Cidadania, Vinicius Miguel. Sua campanha recebeu R$ 66.815,86, mas seus gastos ultrapassaram a casa de R$ 73 mil.
O comunista Samuel Costa recebeu R$ 40 mil do fundão, mas diz não ter gasto recurso algum. Já Pimenta de Rondônia teve uma doação de sua esposa, Ruth Morimoto, no valor de R$ 2 mil e gastou outros R$ 1.800,00 com combustível e adesivo de veículos. Por fim, o PRTB apresentou o nome do pastor Leonardo Bueno, mas até agora o TRE não deferiu seu registro.