Porto Velho, RO – As eleições de 2022 já fervilham nos bastidores e muitos nomes regionais já pululam nos noticiários como potenciais pré-candidatos à sucessão.
Ou, no caso de Marcos Rocha, à reeleição.
Até lá, muita água deve passar por debaixo da ponte, porém boa parte do engajamento desses postulantes com o público local será apreciada dependendo de quem escolherão para andar de mãos dadas rumo ao Palácio do Planalto.
Algumas situações específicas, por imposições partidárias, os casamentos já estãos sacramentados.
Léo Moraes, do Podemos, terá de peregrinar com o ex-juiz e ex-ministro da Justiça de Jair Bolsonaro, Sérgio Moro, hoje em seu partido, tachado pela mídia nacional com “o cara” da terceira via.
Moro, para os seguidores mais bilolados do atual morador do Alvorada, seria uma espécie de traidor “da causa” por ter renunciado ao cargo após apontar ingerencia presidencial nas decisões administrativas envoltas à Polícia Federal (PF).
Nesta senda, a aliança é definida especificamente por conta da sigla em si.
Outros dois caciques que poderão ter problemas por conta das deliberações nacionais da agremiação serão ou o atual prefeito Porto Velho Hildon Chaves, ou Mariana Carvaalho, deputada federal, ambos do PSDB.
A situação deles é delicada, vez que, independentemente de quem passar nas prévias do tucanato, quem for adiante terá de distribuir santinhos com a foto do rejeitadíssimo João Dória, governador de São Paulo.
Confúcio Moura, do MDB, será uma espécie de café-com-leite nesta situação de apoio presidencial. Em Rondônia, a emedebista Simone Tebet, que alegou há pouco “Bolsonaro é o pior presidente da história do Brasil”, é inócua e tal como a água, insípida, inodora e incolor. O apoio de Moura à candidatura dela não terá o condão de mexer com a própria popularidade, na visão deste jornal eletrônico.
Já o PT rondoniense, que acabou de expulsar sua principal figura política regional da legenda, o deputado Lazinho da Fetagro, se escolher lançar candidato ao Palácio Rio Madeira, os nomes seriam ou Alselmo de Jesus, o mandatário estadual, ou Ramon Cujuí, presidente da sigla na Capital.
Seja quem for, irá abraçado com o ex-presidente Lula cujo nome sofre resistência no estado embora surja nas principais pesquisas do Brasil como primeiro lugar disparado em relação às intenções de voto.
Essa simbiose, no espectro micro, ainda soa como incógnita: agora, o partido sofre há anos um processo de abalroamento de reputação.
Mesmo assim,Cujuí, quando surgiu para a política eletiva ao se candidatar à Prefeitura de Porto Velho, ficou em oitavo lugar, numa disputa com 15 postulantes, terminando à frente do candidato bolsonarista do PSL Eyder Brasil, deputado estadual.
Logo, adversário que duvidar do poder de restruturação da sigla cometerá erro crasso.
Por fim, restariam Marcos Rocha, o senador Marcos Rogério e Ivo Cassol. Cassol ainda é carta fora do baralho até que a Justiça diga que não. O fato de ele se empolgar com eventual candidatura, não o faz canditado, já que seus direitos polítcos estão legalmente engessados por força de condenação doSupremo (STF).
Rocha, mesmo assumindo o União Brasil, ganhou aval nacional para continuar apoiando o atual presidente da República mesmo que seu partido o rechace atualmente. E Marcos Rogério tornou-se uma espécie de vassalo do Planalto após participar como peça governista na CPI da COVID-19.
O congressista, inclusive, rumou para o PL, para ficar juntinho com Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto, este último condenado no escândalo do Mensalão, perdoado em 2016 pelo Supremo após o minstro Luís Roberto Barroso lhe conceder indulto.
Por ora, este é o panorama, as peças no tabuleiro. A população, desde já, tem condições de apreciar o menu e observar para escolher, lá na frente, quem irá reger Rondônia e mandar no Brasil pelos próximos quatro anos a partir de janeiro de 2023.
Por hora sei em quem não voto em hipótese alguma.
No demais é esperar