O deputado Jean Oliveira (MDB) repudiou, na terça-feira (16), da tribuna da Assembleia Legislativa, o ato de impedimento à participação dos representantes do senador Confúcio Moura, o ex-secretário de Saúde, Williames Pimentel e a ex-secretária de Assistência Social, Vilma Alves, do encontro com o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazzuelo, ocorrido na sede do Governo do Estado na tarde da segunda-feira (15), quando da visita do mesmo ao Estado.
O impedimento ocorreu por parte da assessoria do governo do Estado responsável pelo cerimonial da visita do ministro interino ao Estado, que fizeram questão de desconhecer que os representantes do senador Confúcio Moura eram convidados do ministro interino da Saúde.
O deputado lembrou que Williames Pimentel e Vilma Alves foram colegas de trabalho do atual governador Marcos Rocha. Os três foram secretários de Estado juntos. “O destino e o povo de Rondônia elegeram o coronel Marcos Rocha para ser governador e suceder aquele para o qual trabalhou e hoje ele é o governador. Dirijo minhas palavras ao governador Marcos Rocha, que não permita que aconteça mais no governo dele, o que aconteceu ontem na visita do ministro da Saúde à Porto Velho, para tratar especialmente sobre o enfrentamento da pandemia”, disse o parlamentar.
O deputado ressaltou que o ministro interino da Saúde, general Eduardo Pazuello, juntamente com a sua assessoria, por meio de Airton Cascavel fizeram questão da presença do ex-secretário de Saúde do Estado, ex-secretário municipal de Saúde de Porto Velho , por duas vezes, e ex-assessor especial da Fundação Nacional de Saúde, Williames Pimentel, profissional reconhecido no âmbito federal como um bom gestor na área de saúde, que por questões, que não sabemos dizer quais, foi impedido de participar da reunião, onde era convidado do próprio ministro interino da Saúde.
“Quero lembrar que o assessor naquela ocasião, não estava como ex-secretário de Saúde. Naquela ocasião estava representando oficialmente o senador da República, Confúcio Moura, que inclusive, é o presidente da Comissão do Congresso Nacional de Fiscalização dos Recursos Emergenciais do Decreto de Calamidade Pública Federal. É o presidente da Comissão que fiscaliza os gastos públicos em toda a União; aí o senador encaminha um representante – por estar com mais de 70 anos, grupo de risco, não podendo estar se locomovendo – que todos aqui, sabemos ser um grande homem na área da saúde, e ele é simplesmente barrado”, relata o deputado.
Líder do MDB
Continuando o discurso, o deputado chamou atenção da Casa Civil, que é responsável da relação institucional com a Assembleia, que intermedia a relação do parlamento com o Executivo: “ Sou o líder do MDB, partido do ex-governador do Estado; fui líder na Legislatura passada do MDB na Assembleia , e afirmo, se o tratamento com aqueles que fizeram parte do governo passado for esse, chego à conclusão que eu na Assembleia, não sou um deputado bem vindo a participar da bancada que tem como objetivo defender os projetos do Executivo e que tem, na Assembleia, o objetivo de estar fortalecendo o trabalho do governador”.
“Se for esse o tratamento com aqueles que fizeram parte do ex-governo do MDB, que faz parte do meu partido, eu estou dizendo aqui: não contem comigo. Se é pra discriminar quem já trabalhou por Rondônia, não contem comigo. Portanto, peço aqui governador, coronel Marcos Rocha, que isso não aconteça mais nesse governo. A ação ocorrida, repudiamos veementemente, e pode ter certeza absoluta de que, esse constrangimento, eu e aqueles que participaram do ex-governo e participam do MDB, não vamos mais passar”, afirmou o deputado Jean Oliveira.