As eleições gerais estão chegando. No próximo dia 2 o povo terá condições de eleger o presidente da República, os govenadores e seus respectivos vices; uma das três vagas ao Senado dos Estados e do Distrito Federal, além de deputados federais e estaduais.
Mesmo com as eleições chegando não se nota, como já dissemos em Opiniões anteriores, o enorme interesse que sempre despertaram junto à população. Este ano o eleitor só não elegerá prefeitos e vereadores, que foram eleitos em novembro de 2020, porque a pandemia não permitiu a realização em outubro, mês tradicional de eleições no Brasil.
Em Rondônia, após o ex-governador Ivo Cassol (PP) ser impedido de concorrer à sucessão estadual, porque está enquadrado na Lei da Ficha Limpa, as eleições ficaram mais equilibradas, pois ele era favorito. Hoje temos quatro nomes na disputa e, um deles, será o novo governador a partir de janeiro do próximo ano, inclusive o atual, Marcos Rocha (UB), se for reeleito.
As eleições, hoje, devido a tecnologia não têm mais o glamour de pleitos passados, quando a sociedade se mobilizava intensamente com o propósito de eleger seus políticos preferidos. Bons tempos de Leonel Brizola, Jânio Quadros, Ademar de Barros, Magalhães Pinto, Tancredo Neves, Juscelino Kubitschek e outros nomes não menos qualificados, que levavam as pessoas a delirarem nos comícios sempre lotados. Atualmente prevalece, quem tem uma boa equipe de informática e saiba como melhor interagir com as pessoas, porque o melhor parceiro do ser humano, hoje, é o aparelho celular.
Nem mesmo o rádio e a TV conseguem agregar ouvintes e telespectadores, respectivamente, e garantir enorme audiência, como em tempos passados, quando um debate presidencial paralisava o País. O desinteresse é enorme. Os debates ocorrem e a audiência, na maioria das vezes cai e não aumenta, em grande parte devido à ausência de propostas concretas, viáveis, palpáveis, porque prevalece o denuncismo e, se um candidato está no poder e busca a reeleição é massacrado como se fosse Judas, pelos adversários. O governador Marcos Rocha que o diga.
A Bíblia nos aconselha a evitar fazer promessas e juramentos (Mateus 5:34-37). Fazer uma promessa não é brincadeira! Quem promete e não cumpre está sendo desonesto e pode zangar e perder a confiança da pessoa a quem fez a promessa. Uma promessa não cumprida pode destruir a reputação. É melhor não prometer que prometer e não cumprir. Será que a maioria de os políticos leram ou releram a Bíblia?!
As campanhas políticas devido a chegada, muito rápida da tecnologia (internet) perderam muito da sua efetividade. Hoje não se tem mais o corpo a corpo, mesmo os de 4 em 4 anos, pois a maioria dos políticos só aparece em vésperas de eleições, prometem, prometem, prometem, não cumprem e 4 anos depois retornam para pedir votos. Agora tudo mudou, pois, a internet tirou esse “peso” das costas dos políticos, que continuam se comunicando a cada eleição, mas via virtual, sem a necessidade do olho no olho, de explicar, ou tentar, ao eleitor, porque estava desaparecido, não cumpriu as promessas e agora vem novamente pedir o voto.
Nos tempos atuais, os políticos contam com assessores preparados eletronicamente, ou contratam empresas especializadas para interagir, pois sabe que o eleitor está permanentemente com o celular na mão e lendo as mensagens que recebe. Tudo muito rápido, bastar apertar um botão e se está interagindo com as pessoas sem a presença física estejam elas onde estiverem.
As eleições ao governo de Rondônia dificilmente deixarão de ter segundo turno. Sem Cassol, como já citamos, o governador Marcos Rocha, que está no poder, certamente estará na disputa e, com amplas chances de sucesso. Se “apanha” dos demais, porque deixou de fazer ou que fez mal feito, os adversários também não têm muito o que argumentar. Liberar emendas para o Estado e municípios é obrigação do parlamentar, pois hoje elas são impositivas, assim como cobrar o governante, além de lutar por recursos federais está entre as atribuições do deputado do Senador. Se o governante não vai bem, muito da culpa é do legislador que não cobra, alerta, exige, pois tem prerrogativas para isso.
Rocha tem tudo para ser um dos candidatos em condições de chegar ao segundo turno. O senador Marcos Rogério (PL) e o deputado federal Léo Moraes (Podemos) e o ex-governador Daniel Pereira (SD), também estão em condições de enfrentar as urnas em um provável segundo turno, no dia 30 de outubro.
Hoje, o quadro eleitoral em Rondônia relativo à sucessão estadual é esse, e com as mínimas chances de mudanças até o dia 2 de outubro.