Por telefone, o FOLHA DO SUL ON LINE entrevistou nesta sexta-feira, 13, o ex-deputado estadual Jesuíno Boabaid, e ele confirmou que, na próxima sexta-feira, 20, dará início a uma série de manifestações para tentar reduzir o preço dos combustíveis. “Essa é uma reivindicação não apenas dos rondonienses, mas de todo o povo brasileiro”.
Líder de duas entidades em Rondônia (uma ligada à Polícia Militar, outra atuando na defesa do consumidor), o ex-parlamentar disse que pretende pressionar o governador Marcos Rocha (sem partido) a reduzir os impostos sobre os combustíveis, e fazer uma compensação, tributando produtos supérfluos, como bebidas e cigarros.
Jesuíno criticou o percentual do ICMS cobrado em Rondônia, que varia de 26 a 27%, enquanto outros Estados cobram cerca de 14%, e também falou dos aumentos do gás da cozinha.
Boabaid disse que, mesmo tendo condições de adotar medidas, a Sefin penaliza os pequenos e se omite em relação aos grandes contribuintes, revelando que as usinas do rio Madeira devem R$ 1 bilhão em tributos ao Estado de Rondônia.
Aliás, sobre essas grandes geradoras de energia, Jesuíno denunciou: o ICMS que elas deveriam pagar em Rondônia é quitado em São Paulo, a milhares de quilômetros de onde estão instaladas.
Dizendo que é preciso frear os aumentos sucessivos do gás, do diesel e da gasolina, o ex-deputado lembrou que, só neste ano, a política de preços praticada pela Petrobrás já atingiu mais de 50% de reajustes nestes produtos. “Daqui a pouco a gente tá pagando, 8 ou 9 reais o litro da gasolina”, prevê.
O político-militar também denunciou que existe um “cartel” de postos de combustíveis no Estado, e que alguns estabelecimentos burlam a lei, adicionando mais álcool do que o permitido na gasolina.
