Três pessoas foram presas em flagrante por furto de energia elétrica nos primeiros dez dias de julho em Rondônia. As ocorrências foram registradas em municípios do interior do estado e resultaram de ações conjuntas entre a Energisa, concessionária responsável pelo fornecimento de energia, a Polícia Militar e a Polícia Técnica (Politec).
De acordo com a concessionária, o combate ao furto de energia é uma medida essencial para garantir não apenas a qualidade do fornecimento, mas também a segurança da população. Ligações clandestinas, além de ilegais, oferecem sérios riscos à vida, podendo causar curtos-circuitos, incêndios e até acidentes fatais.
Prisões em Ji-Paraná e Seringueiras
Em Ji-Paraná, cidade localizada na região central do estado, duas pessoas foram detidas após a constatação de uma ligação irregular de energia em um complexo de apartamentos. A fraude foi identificada durante uma vistoria realizada por técnicos da Energisa, com o apoio da Polícia Militar e da Politec. As equipes constataram a adulteração na medição e o desvio de energia da rede principal, caracterizando o furto.
Já no município de Seringueiras, situado na região da Zona da Mata, o furto de energia foi detectado em um restaurante bastante conhecido da cidade. Técnicos da Energisa, acompanhados pelas forças de segurança, verificaram uma ligação direta à rede elétrica, sem o uso de medidor, o que confirmou o crime.
Em ambos os casos, os envolvidos foram conduzidos à Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp), onde os procedimentos legais foram adotados. As prisões foram realizadas em flagrante, com base no artigo 155 do Código Penal Brasileiro, que define o furto qualificado, incluindo o furto de energia elétrica.
Riscos à segurança e à rede elétrica
Segundo a Energisa, o furto de energia compromete toda a estrutura do sistema elétrico e prejudica a distribuição regular do serviço. “Além de crime, a prática representa um risco grave para quem faz a ligação clandestina, para os vizinhos e para a população em geral. Pode provocar sobrecarga na rede, curtos-circuitos, queima de equipamentos e até incêndios”, destacou a concessionária em nota.
Outro ponto de preocupação é o impacto financeiro. O furto de energia acaba sendo pago indiretamente por todos os consumidores regulares, uma vez que os prejuízos são absorvidos pelo sistema tarifário. “Quem comete esse tipo de infração coloca em risco a segurança da vizinhança e ainda causa prejuízos a quem paga sua conta em dia”, reforçou a empresa.
Denúncias e fiscalização
A Energisa afirma que tem intensificado as ações de fiscalização em todo o estado de Rondônia, especialmente em áreas com maior índice de suspeitas de irregularidades. Para isso, conta com o apoio da Polícia Militar e da Polícia Técnica, garantindo que as operações ocorram com respaldo técnico e legal.
A empresa também incentiva a população a colaborar com o combate a esse tipo de crime. Denúncias podem ser feitas de forma anônima pelos canais oficiais da Energisa ou diretamente à Polícia Militar, por meio do telefone 190.
Furto de energia é crime
O furto de energia elétrica é considerado crime de furto qualificado, com previsão de pena de 1 a 4 anos de reclusão, além de multa. A adulteração de medidores, ligações clandestinas e outras formas de burlar o consumo real são alvos constantes da fiscalização da concessionária.
A empresa reforça que manter o fornecimento de energia regular é um compromisso com a segurança, a eficiência e o bem-estar da população. A colaboração da comunidade é fundamental para coibir práticas ilegais e garantir que o serviço chegue com qualidade a todos os usuários.
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Imagem: Reprodução Energisa
