Na última terça-feira (28/02), três pessoas foram presas suspeitas de envolvimento na morte de Juscelino Júnior Matos Magalhães. O crime ocorreu no último dia 28 de novembro de 2022, em Porto Velho. Vítima tinha 19 anos.
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No dia do crime, Juscelino Júnior estava no residencial Orgulho do Madeira, na zona Leste da capital, com os investigados, onde atiraram contra ele. O jovem foi alvejado com aproximadamente 11 tiros.
A motivação do assassinato seria uma disputa pelo comando do tráfico de drogas em Porto Velho. Juscelino Júnior concordaria em “trocar a organização criminosa e apresentar a arma de fogo como pagamento”. Mas quando ele entregou a pistola, os suspeitos não o aceitaram como integrante da facção e o mataram com a arma que ele trazia, segundo a 2ª Delegacia Especializada em Crimes Contra a Vida (DECCV).
Quem é Juscelino Júnior?
Ele tinha apenas 16 anos quando foi suspeito de planejar a morte do próprio pai. Na época, o adolescente contratou quatro homens em troca de R$ 20 mil para simular um assalto e tirar a vida de Jucelino Fotele Magalhães.
O jovem foi transferido para uma unidade de internação e liberado. Em novembro de 2022, o corpo de um jovem foi encontrado em um matagal na zona Leste de Porto Velho. Segundo o boletim de ocorrência, o corpo foi encontrado à beira do córrego com 10 perfurações de arma de fogo: no pescoço, testa, cabeça e mão.
De acordo com a Polícia Civil, a morte de Juscelin Júnior não tem relação com o assassinato do pai.
Morte do pai
Jucelino Fotele Magalhães, pai da vítima, era dono de um mercado no bairro socialista em Porto Velho. Ele foi morto em 10 de maio de 2019, e o crime foi inicialmente considerado roubo seguido de morte (Latrocínio). Após o delito, os bandidos fugiram com R$ 2 mil em dinheiro.
Em novembro de 2021, quatro homens foram condenados por participação no crime. A investigação indicou que o adolescente contratou os réus em troca de R$ 20 mil para simular um assalto e executar a vítima com um tiro na cabeça.
O esclarecimento do crime só foi possível graças às câmeras de segurança. Imagens do estabelecimento mostraram o filho da vítima, na época com 16 anos, sinalizando aos assaltantes que era o momento certo para cometer o crime.
Juscelino Júnior também afirmou em seu depoimento que tentava a morte dos executores de seu pai para não pagar a dívida do assassinato. O menor também planejou a simulação de latrocínio.