Servidores públicos que recebiam para fazer ronda em fazenda de RO são alvos da PF

Ao todo, 32 mandados de busca e apreensão, além de 5 mandados de prisão foram cumpridos em RO, MS e DF. Investigações tiveram início em 2021, quando se investigava uma organização criminosa especialista em fraudar processos judiciais de desapropriação de terra.

Por G1/RO

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Uma milícia composta por servidores públicos e particulares foi desarticulada pela Polícia Federal (PF) durante uma operação em conjunto com a Polícia Civil e o Ministério Público de Rondônia (MP-RO), na manhã desta quinta-feira (17).

Ao todo, cinco mandados de prisão preventiva, um mandado de afastamento de função pública e 32 mandados de buscas foram cumpridos em Porto Velho, Ariquemes (RO), Vilhena (RO), Cassilândia (MS) e Brasília (DF).

Os presos, entre eles um advogado, serão ouvidos pela PF e “encaminhados para as unidades prisionais correspondentes”, onde permanecerão à disposição da Justiça.

Investigações
De acordo com a polícia, as investigações tiveram início em 2021, após a deflagração da operação Amicus Regem, quando se investigava uma organização criminosa especialista em fraudar processos judiciais de desapropriação de terras, causando prejuízo aos cofres do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra).

Após as análises, a PF instaurou inquérito policial para apurar a organização da milícia, patrocinada pelos integrantes da mesma família, para garantir a posse sobre uma fazenda que vem sendo palco para inúmeros conflitos agrários no estado.

Para garantir a posse do imóvel, com cerca de 33 mil hectares, os seus proprietários contrataram servidores públicos do estado para que fossem feitas rondas pela região, para afastar os invasores e que o armamento de grosso calibre permanecesse na sede do imóvel.

A partir disso, a polícia descobriu que houve uma movimentação financeira superior a R$ 445 milhões, que comprovou o pagamento aos servidores contratados para fazer a segurança particular da propriedade.

Segundo a polícia, os investigados poderão responder pelos crimes de constituição, financiamento e integração de milícia particular e lavagem de dinheiro, cuja penas podem superar 20 anos de reclusão.

Operação Lamassu
De acordo com a PF, o nome da operação tem origem na mitologia mesopotâmia, com referências a estátuas colocadas nas entradas dos palácios reais, para causar medo e afastar invasores.

Fonte: G1/RO

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