O jornal entrevistou uma tia do motoboy Matheus Vinícius Machado dos Santos, de 22 anos, executado a tiros ontem junto com a esposa, Kamyla Silva Oliveira Cruz, 19. O crime aconteceu na zona rural de Vilhena e deixou morta uma adolescente de 17 anos, cujo namorado sobreviveu à chacina
A tia contou, e o testemunho foi reforçado por uma amiga da família, que Matheus era um jovem responsável e trabalhador. Mesmo tendo se casado bem cedo (aos 18 anos), ele era um pai responsável, que ajudava a cuidar do filho que teve com Kamyla. O garoto acaba de ficar órfão de ambos os pais com apenas 02 anos de idade.
A entrevistada relatou que o sobrinho trabalhava entregando lanches em sua motocicleta e nunca teve passagem pela polícia. “Era um menino muito gentil, que gostava de ajudar as pessoas”, disse a tia, sendo acompanhada pela amiga, ao lembrar que, quando ela abriu uma marmitaria, o rapaz ajudava sem cobrar nada.
Filho de uma ajudante de cozinha que trabalha em uma creche pública de Vilhena, e de um caminhoneiro, Matheus, o caçula dos irmãos, era obediente e prestativo. A mãe, que tem outras duas filhas do primeiro casamento, não morava com o pai do garoto, mas os dois conviviam e se davam bem. Matheus morava perto da sogra, no bairro Embratel.
A familiar disse que nenhum parente acredita no envolvimento do entregador com facção criminosa, aparentemente o motivo do triplo homicídio. “Ele estava na hora errada, no lugar errado e com as pessoas erradas”, argumentou, garantindo que ninguém da família sabia da amizade dele com o rapaz que sobreviveu à chacina e que seria o alvo da execução, atribuída ao grupo criminoso PCC.
“Agora a gente quer saber quem fez essa covardia com um rapaz de coração tão bom… estamos todos arrasados com o que aconteceu”, finalizou a tia.