Dois policiais militares do 24º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M) em Diadema foram presos em flagrante pelos crimes de abandono de posto e descumprimento de missão após darem carona a uma jovem de 20 anos, na noite de domingo (2), durante o Carnaval. A situação se complicou quando, após sair da viatura, na madrugada de segunda-feira (3), a jovem acusou os policiais de estupro.
De acordo com o boletim de ocorrência registrado após a denúncia da mãe da vítima, a jovem enviou áudios e vídeos para sua mãe, onde aparecia “visivelmente embriagada e alegava ter sido abusada pelos militares”. A mãe da vítima foi a responsável por formalizar a denúncia.
Os policiais haviam saído da área de patrulhamento sem autorização e sem justificativa, levando a jovem até sua residência, em Diadema (SP). A jovem teria pedido ajuda para voltar para casa, alegando estar perdida e sem conhecer ninguém, mas os PMs afirmaram que ela os ameaçou de acusação de estupro caso não a levassem.
Em depoimentos, os militares alegaram que a jovem estava “alterada e desequilibrada” e que ela agrediu um dos policiais com tapas na cabeça durante o trajeto. A jovem, que ficou desaparecida por algumas horas, foi localizada posteriormente em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA), no centro de São Paulo.
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A jovem foi submetida a exame de corpo de delito, assim como os policiais, que foram presos e permanecem no Presídio Militar Romão Gomes (PMRG). A Justiça decretou a prisão preventiva dos agentes, e as circunstâncias do caso estão sendo apuradas, inclusive com a análise das câmeras corporais dos policiais, conforme a Secretaria de Segurança Pública (SSP) de São Paulo.
A Polícia Militar de São Paulo afirmou que está comprometida com a legalidade e a transparência, e garantiu que qualquer desvio de conduta será punido com rigor. O caso segue em investigação.
