Mais de R$ 200 mil em espécie foram apreendidos na residência de uma empresária, na manhã desta quinta-feira (28), durante a Operação Adamas, deflagrada pela Polícia Federal, para combater a extração de diamantes e outras pedras preciosas que eram retiradas ilegalmente da Terra Indígena Roosevelt.
De acordo com informações apuradas pelo jornal a empresária era o alvo principal da Polícia Federal. Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, expedidos pela justiça, os policiais apreenderam na residência da investigada R$ 204.765,00, em espécie, além de uma caminhonete.
No total, os agentes federais cumpriram sete mandos de busca e apreensão na residência de servidor público estadual, advogado e alguns empresários.
Investigação
A Polícia Federal apurou que os diamantes, e outras pedras preciosas, eram extraídos ilegalmente da Terra Indígena Roosevelt, e levados por indígenas e pelos investigados para Guajará-Mirim, onde eram comercializados. Em seguida, os diamantes eram transportados para a Bolívia e seguiam para a Europa.
A investigação que deu origem à operação teve início em 2021, quando foi descoberta a comercialização de diamantes em um hotel, em Guajará-Mirim.
Após a comercialização das pedras preciosas, a organização realizava diversas ações para lavar o dinheiro de origem criminosa e ocultar o patrimônio obtido com o lucro da venda ilegal.
Durante o cumprimento das cautelares, duas pessoas foram presas em flagrante, sendo uma por porte ilegal de arma e outra por contrabando de cigarros.
Os investigados responderão pelo crime de lavagem de dinheiro, usurpação de bens da União e integrar organização criminosa, cujas penas somadas chegam a 23 anos.