A manhã desta quinta-feira (13) foi marcada por uma tragédia indescritível em Cuiabá, onde o corpo de Emilly Azevedo Sena, uma adolescente de 16 anos, foi encontrado enterrado em uma cova rasa no quintal de uma casa no bairro Jardim Florianópolis. A jovem estava grávida de nove meses, e o que os investigadores encontraram no local do crime deixou todos perplexos.
O perito criminal da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec-MT), Luis Paoli, que esteve no local, descreveu a cena como uma das mais cruéis que já presenciou em seus 12 anos de profissão. “Para eu me conter da emoção de ver uma menina de 16 anos com o abdômen aberto, mãos presas nas costas e asfixiada, é difícil. Eu tenho uma filha próxima dessa idade e senti um peso enorme do trabalho que a gente faz. De todas as situações que já cobri, essa foi uma das mais cruéis e difíceis de processar”, afirmou o perito.
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De acordo com a avaliação preliminar feita pela Politec, Emilly foi asfixiada antes de ter seu abdômen aberto pelos criminosos para a retirada do bebê. O perito explicou que a jovem estava com as mãos amarradas nas costas e apresentava sinais de resistência física, com os pulsos visivelmente quebrados, mas sem rupturas externas, o que sugere uma grande violência. “O que deu para perceber é que ela foi asfixiada, muito provavelmente antes da abertura do abdômen para a retirada da criança. Ela estava com as mãos para trás, também amarradas”, completou Paoli.
O crime ganhou mais contornos de brutalidade com a descoberta de que a vítima estava grávida e, aparentemente, foi morta para que seu bebê fosse retirado de forma ilegal. A criança, felizmente, foi resgatada e está recebendo cuidados médicos no hospital.
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Durante as investigações, quatro pessoas foram levadas à Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) para depoimentos. Entre os suspeitos, um homem identificado como Christian Cebalho, chefe de cozinha, foi liberado após prestar depoimento, apesar de ter postado um vídeo da recém-nascida em suas redes sociais no dia anterior ao crime. Já Nataly Helen Martins Pereira, que confessou o assassinato e alegou ter agido sozinha, permanece presa.
Emilly havia saído de sua casa em Várzea Grande no dia 12 de março para buscar doações de roupas para sua filha, mas nunca retornou. Ela foi dada como desaparecida, e sua morte só foi confirmada após o corpo ser encontrado. O caso está sendo acompanhado de perto pelas autoridades, que seguem com diligências para esclarecer todos os detalhes dessa tragédia.
A criança que sobreviveu ao crime segue sob cuidados médicos, e a Polícia Civil trabalha para reunir provas adicionais e esclarecer todos os envolvidos.