A Polícia Federal deflagrou na sexta feira (27), a operação Sicários, em parceria com o Ministério Público Federal (MPF) e Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen), visando desarticular um novo plano de atentado contra a vida de servidor público na cidade de Porto Velho.
A operação contou com o apoio e participação também da Gerência de Inteligência Penitenciária do Estado de Rondônia.
Conforme a Polícia, no dia 4 de junho de 2020 três pessoas foram presas em flagrante, após a tentativa de homicídio contra uma pessoa que se apresentava como servidor da Penitenciária Federal de Porto Velho.
A vítima foi atraída, por membros da organização criminosa, para um local determinado e efetuaram sete disparos de arma de fogo, mas não acertaram.
Após esse crime, a Polícia instaurou um inquérito para dar continuidade nas investigações.
Em razão das diligências realizadas em conjunto pela Polícia Federal e Senappen, foi possível a identificação de outras 7 pessoas que participaram ativamente do atentado. Eles foram presos preventivamente na operação Ônix, em 22 de abril de 2022, e devidamente denunciados pelo Ministério Público Federal pelos crimes de tentativa de homicídio e organização criminosa.
Os réus já foram pronunciados e serão submetidos a julgamento perante o Tribunal do Júri.
Durante os levantamentos realizados foi possível identificar um novo plano orquestrado pela facção criminosa para atentado contra a vida de servidor público federal em Porto Velho. O bandou se equivocou na escolha do alvo do primeiro atentado por não ser agente federal de execução penal e não consumarem o homicídio.
As investigações comprovaram que membros da facção teriam vindo de São Paulo (SP), para Porto Velho e alugado um apartamento que serviria de base para o grupo, fazendo uso de diversos veículos alugados para a realização dos levantamentos da rotina dos servidores.
Durante o curso da investigação, foi possível constatar que os investigados permaneciam em Porto Velho, durante curto período, suficiente para o levantamento de informações pessoais de servidores, retornando, em seguida, para o estado de origem.
Contudo, em razão das recentes movimentações e deslocamentos realizados, indicando-se que o atentado se encontrava próximo de execução, primando pela segurança e vida de terceiros, a Polícia Federal representou junto a 3ª Vara Criminal Federal de Porto Velho, pela decretação da prisão temporária de três investigados e a realização de busca e apreensão no imóvel alugado.
O nome da operação Sicários faz referência à contratação ou recrutamento, por parte da facção criminosa, de pessoas para proceder a levantamentos da rotina de servidores públicos em Porto Velho para futuro atentado contra a vida desses.