O terceiro dia de confrontos entre a Polícia Militar (PM) e o Comando Vermelho em Porto Velho, Rondônia, resultou na morte de oito pessoas na noite desta quarta-feira (15). Entre as vítimas, seis foram executadas por criminosos em ataques violentos e duas morreram em confronto com agentes da PM na zona rural da cidade.
Ataques e execuções
Quatorze moradores da zona Leste de Porto Velho foram alvejados durante os ataques, conforme relatado pela Rede Amazônica. Seis dessas vítimas não resistiram aos ferimentos. Segundo a polícia, um dos ataques ocorreu em frente a um bar, onde criminosos passaram de carro e atiraram contra os clientes. Uma pessoa morreu no local, enquanto outra faleceu após ser levada ao Hospital João Paulo II.
Outro caso de execução registrado pela polícia envolve um ciclista, também baleado por criminosos na mesma região. Pedestres e moradores foram atingidos em diferentes pontos da zona Leste, em uma noite marcada pelo caos.
Confrontos na zona rural
Ainda na noite de quarta-feira, dois suspeitos de integrarem o Comando Vermelho foram mortos em confronto com a Polícia Militar na linha 27, Ramal Rio das Garças, na zona rural de Porto Velho. As autoridades seguem em busca de nove chefes e membros influentes da facção criminosa.
Resposta das autoridades
Para conter a violência, o Ministério da Justiça e Segurança Pública enviou 60 agentes da Força Nacional a Porto Velho, com mais reforços previstos nos próximos dias. A Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso (Sesp) também enviou um helicóptero do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) para apoiar as operações policiais.
Origem dos ataques
A recente onda de violência teve início após diversas operações policiais contra o crime organizado no conjunto habitacional Orgulho do Madeira, zona Leste de Porto Velho. Em uma dessas ações, realizada em 8 de janeiro, um dos chefes do Comando Vermelho foi morto pela PM, o que gerou represálias por parte da facção.
No domingo (12), o cabo da PM Fábio Martins foi morto com seis tiros na cabeça enquanto estava de folga no conjunto habitacional. O crime é apontado como uma retaliação direta contra as ações policiais na região.
Escalada da violência
A morte do cabo Fábio Martins desencadeou a Operação Aliança Pela Vida, Moradia Segura II, que visava combater a organização criminosa e ocupar o conjunto habitacional Orgulho do Madeira. Como resposta, ataques violentos foram orquestrados pelo Comando Vermelho, incluindo a queima de mais de 20 ônibus e outros veículos.
Investigação e buscas
As forças de segurança continuam as buscas pelos nove líderes do Comando Vermelho envolvidos na coordenação dos ataques. Enquanto isso, a população de Porto Velho enfrenta dias de tensão e temor, com reforços policiais atuando para restaurar a ordem e combater o crime organizado.