Oito pessoas foram presas neste domingo (20) durante a desobstrução da BR-364 no município de Vilhena (RO). A informação foi confirmada pela Polícia Rodoviária Federal (PRF). Os detidos fazem parte de lideranças dos movimentos, identificadas anteriormente.
Na região, segundo a PRF, um caminhoneiro foi agredido com uma pedrada na cabeça. Ainda não há atualizações sobre o estado de saúde dele.
A operação conjunta com a Polícia Militar (PM) e Força Nacional de Segurança Pública tenta liberar as rodovias federais de Rondônia que foram novamente bloqueadas por pessoas que não aceitam o resultado das Eleições de 2022.
Por meio de nota, a corporação informou que muitas pessoas têm abandonado os locais de bloqueios por não concordarem com ações violentas que estão acontecendo, principalmente, desde o último sábado (19).
“Cabe destacar que em Rondônia, durante este final de semana, ações extremistas foram registradas em diversos pontos de bloqueio. Em Porto Velho, na região da ponta do Abunã, alguns ônibus tiveram pneus furados e houve ameaça de depredação. No município de Ariquemes, um comboio de caminhões foi incendiado e teve parte da carga saqueada. Na cidade de Vilhena, um caminhoneiro foi agredido com uma pedrada na cabeça”, disse a PRF.
Prejuízos
Pelo menos seis veículos de propriedade do Supermercado Irmãos Gonçalves foram vandalizados durante bloqueio ilegal feito por um grupo de pessoas contrário ao resultado das eleições de outubro. Os atos de vandalismo foram registrados em Ariquemes (RO), na noite do sábado (19).
E uma grávida ficou presa em bloqueio por mais 8h, na BR-364, em Rolim de Moura, no sábado (19). Ao jornal, ela revelou que chegou a ir até os manifestantes pedir a liberação do ônibus e disse que além de crianças e idosos, há pessoas passando mal.
“Tá todo mundo com fome, sem comer nada. Aqui tem tanta criança, gente doente, tem uma mulher vomitando sangue. Tem criança, idoso, gestante.”
Já em Ariquemes, vários bairros ficaram sem o abastecimento de água tratada na sexta-feira (18) após supostos manifestantes quebrarem a tubulação do reservatório da Companhia de Águas da cidade.
O Ministério Público de Rondônia (MP-RO) instaurou um procedimento de investigação criminal para apurar os danos causados. O órgão recebeu informações de que os manifestantes teriam usado uma escavadeira para quebrar a tubulação, causando vazamento de um grande volume de água tratada.