A Polícia Civil de Cuiabá confirmou que Nataly Helen Martins Pereira confessou ter assassinado a adolescente Emilly Azevedo Sena, de 16 anos, que estava grávida de nove meses. Após o crime, a jovem foi enterrada em uma cova rasa no quintal de uma casa no bairro Jardim Florianópolis, e o bebê foi arrancado de seu ventre.
Veja mais detalhes e imagens sobre o caso aqui.
Apesar da confissão, a polícia ainda investiga se Nataly agiu sozinha ou teve ajuda de cúmplices. Segundo o delegado Caio Fernando Álvares Albuquerque, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), as circunstâncias do crime levantam dúvidas sobre a possibilidade de ela ter cometido tudo sem assistência.
“Não podemos descartar que ela tenha agido sozinha, mas é muito difícil. Seguimos analisando o caso para esclarecer a participação de outras pessoas e definir as devidas responsabilidades”, explicou o delegado.
Veja também:
Tentativa de registrar o bebê levantou suspeitas
Horas após o crime, Nataly e seu companheiro foram até o Hospital Santa Helena, em Cuiabá, tentando registrar um bebê recém-nascido. O casal alegou que o parto teria ocorrido em casa, mas a equipe médica desconfiou, já que Nataly não apresentava sinais de uma gravidez recente. A polícia foi acionada e prendeu os dois em flagrante.
Agora, a investigação analisa se a intenção do casal era ficar com a criança, entregá-la para adoção ilegal ou se há ligação com tráfico de bebês. Enquanto isso, a recém-nascida segue sob cuidados médicos no hospital.
Linha do tempo e novas prisões
Emilly desapareceu no dia 12 de março, após sair de casa, em Várzea Grande, para buscar doações de roupas para sua filha. A polícia acredita que ela tenha sido atraída para uma emboscada e, em seguida, enforcada antes do bebê ser retirado à força de sua barriga.
Além de Nataly, três homens foram presos por suspeita de envolvimento no assassinato. A polícia trabalha para esclarecer o papel de cada um no crime e qual teria sido a motivação.
Nataly foi autuada por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e fraude processual. As investigações continuam para garantir que todos os envolvidos sejam responsabilizados.