O Ministério Público do Estado de Rondônia (MPRO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou nesta quarta-feira (16), a segunda fase da Operação Soldados da Usura, com o apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar. A ação foi realizada nas cidades de Porto Velho e Buritis, com o objetivo de desarticular a “equipe de cobrança” de uma organização criminosa especializada em empréstimos ilegais, extorsão e lavagem de dinheiro.
A operação cumpriu 7 mandados de prisão preventiva, 13 mandados de busca e apreensão e diversas medidas assecuratórias patrimoniais, que somam um valor bloqueado de R$ 2.738.445,25, conforme determinação da 1ª Vara de Garantias da Comarca de Porto Velho.
Segundo o MP, essa nova fase mira os integrantes responsáveis pelas cobranças da organização, que atuavam de forma violenta, utilizando ameaças com armas de fogo e agressões físicas para coagir vítimas a pagarem empréstimos com juros abusivos. Mesmo após a prisão dos líderes do grupo na primeira etapa da operação, realizada em fevereiro de 2025, os cobradores continuaram operando sob ordens dos chefes já presos.
A organização criminosa operava captando “clientes” para oferecer empréstimos com juros exorbitantes. Quando as vítimas não conseguiam pagar, eram extorquidas e tinham seus bens tomados, incluindo imóveis, veículos e dinheiro. As investigações apontam que a quadrilha acumulou grande patrimônio por meio dessas práticas ilegais.
Cerca de 90 agentes participaram da operação, incluindo promotores de Justiça, servidores do Gaeco, policiais civis e militares, além de membros da Corregedoria da PM.
O nome “Soldados da Usura” faz referência ao modus operandi do grupo, que agia como uma legião de saqueadores, usando da força e do medo para explorar financeiramente suas vítimas.
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