Deflagrada pela Policia Federal e pelo IBAMA, a operação no rio Madeira que resultou na destruição de diversas dragas ao longo do rio na cidade de Porto Velho e seus distritos é uma ação de competência do Governo Federal e não tem relação com a gestão estadual.
A política de incendiar maquinários que estejam praticando danos ao meio ambiente é uma ação comum dos órgãos federais, essas medidas são realizadas para evitar que esses equipamentos retornem a serem utilizados para a prática mesma infração.
Revoltados, os garimpeiros alegam abuso da polícia. Ainda na noite desta última quarta-feira (12) o secretário de segurança pública, Coronel Felipe Vital, foi até a beira do rio Madeira na capital para conversar com os garimpeiros e afirmou que solicitou informações dos órgãos federais, porém que o Estado não possui qualquer competência em relação à essa operação.
Já pela manhã desta quinta (13) os garimpeiros mantiveram o bloqueio da Estrada do Belmont, e protestaram contra a ação. Revoltados, eles ameaçam até incendiar balsas de transporte de grãos e um reservatório de gás da empresa Fogás.
Agentes da Polícia Rodoviária Federal – PRF e policiais militares foram ao local para manter a segurança, porém os manifestantes só alegam que irão desbloquear a pista após uma manifestação das autoridades públicas.
A extração ilegal de minério no rio Madeira é considerada por autoridades ambientais como uma grave agressão ao bioma amazônico, já que os funcionamentos de dragas antigas levam ao assoreamento do rio e a contaminação da água e dos peixes por mercúrio.
De acordo com entidades ambientais ao ser consumido pelos seres humanos o minério pode causar graves problemas de saúde nos rins, fígado, aparelho digestivo e no sistema nervoso central.