Rondônia voltou a registrar cenas brutais de violência doméstica, escancarando a dura realidade vivida por muitas mulheres que sofrem agressões dentro do próprio lar — o lugar onde deveriam estar seguras. Em menos de 24 horas, dois casos chocantes aconteceram em diferentes bairros de Porto Velho, ambos tendo como agressores os próprios companheiros das vítimas.
Na zona Sul, uma mulher de 42 anos foi espancada e enforcada pelo marido de 25 anos, na noite de quinta-feira (17), em uma vila de apartamentos no bairro Floresta. De acordo com a vítima, o homem havia passado o dia fora de casa consumindo drogas e retornou completamente alterado. Após uma discussão, ela tentou expulsá-lo do imóvel, mas foi violentamente agredida com socos e tentativa de estrangulamento. O agressor fugiu antes da chegada da Polícia Militar e o caso foi registrado na Delegacia Especializada em Atendimento à Mulher (DEAM).
Já na zona Leste, também na noite de quinta-feira (17), no bairro São Francisco, o que começou como uma discussão conjugal acabou terminando em violência. Um pintor de 42 anos atacou a esposa, de 33 anos, utilizando o cinto da própria calça como arma. A mulher ficou com vários hematomas pelo corpo e relatou aos policiais: “Ele não é meu pai para me agredir, ainda mais de cinto”. O agressor também fugiu do local e é considerado foragido.
Ambos os casos estão sob investigação da Polícia Civil, e as vítimas devem solicitar medidas protetivas para garantir sua integridade física e psicológica.
Essas ocorrências revelam não apenas a frequência, mas a crueldade crescente com que a violência doméstica se manifesta, muitas vezes disfarçada por ciclos de silêncio, medo e vergonha. Em muitos lares, o agressor é alguém de confiança — um marido, um namorado, alguém próximo —, o que torna ainda mais difícil para a vítima sair da situação de risco.
A sociedade precisa encarar essa realidade com urgência. A denúncia é o primeiro passo para interromper o ciclo de agressão e salvar vidas. Casos de violência podem e devem ser denunciados por meio do Disque 180, 190 ou diretamente nas delegacias especializadas.
Se você sofre ou testemunha violência doméstica, denuncie. O silêncio também mata.
Disque 180 – Central de Atendimento à Mulher.
Disque 190 – Polícia Militar.
DEAM Porto Velho: Atendimento especializado e sigiloso.
Acompanhe mais conteúdos diários no Jornal Rondônia – O seu jornal eletrônico Rondoniense!
Imagem: Reprodução/CNJ
