Durante sessão, prefeito interino e vereador saem “no braço” e caso acaba em polícia

Entenda o caso:

Por Folha do Sul

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Em visita à redação do jornal na manhã desta terça-feira, 06, o prefeito interino de Vilhena, Ronildo Macedo (Podemos) explicou o incidente entre ele e o vereador Samir Ali, do mesmo partido, atual presidente da Câmara, registrado instantes atrás.

Macedo chegou a tentar acertar um tapa no rosto de Samir, que logo após a agressão foi até a Polícia Civil, acompanhado de outros vereadores, registrar queixa pela agressão. O confronto físico aconteceu durante a sessão da Câmara, e Ronildo admite que também teve como alvo um assessor da Casa.

A “treta” entre os dois parlamentares começou na semana passada, quando Samir realizou um “pit stop” na principal avenida de Vilhena, e convidou para o ato a esposa de Macedo, Cris Del Pino (PMN) e Dhonatan Pagani (Podemos). Ambos são candidatos a deputados estaduais.

O prefeito interino acusou Samir de usar a estrutura dele para transformar Cris em uma “cobaia de campanha”. Macedo disparou, na entrevista ao site: “o Samir tá cheio de armações, mas enquanto ele atacava só a mim, eu ia tolerando. Agora, ele tentar usar minha esposa, a quem eu sempre vou proteger, aí não aceito e reajo até com firmeza sem necessário”.

O COMBINADO
Ronildo diz que, quando a esposa foi lançada candidata, ficou acertado entre ele e Samir que o colega iria apoiá-la. Em troca, Macedo se engajaria na campanha dele para prefeito interino, marcada para o dia 30 de outubro.

O prefeito diz que, além de não cumprir o trato, Samir lhe pediu várias portarias na prefeitura “para fortalecer a campanha dele mesmo” como seu substituto no pleito suplementar, mas estava se dedicando a outros candidatos, inclusive alguns que são “para-quedistas”, sem qualquer ligação com Vilhena.

A GOTA D’ÁGUA
Hoje, ao saber que uma CPI estava sendo protocolada na Câmara, e desconfiando que o próprio Samir e o ex-vereador Carmozino Alves, que hoje exerce influência através do mandato da esposa, Clérida Alves (Avante), estariam por trás de iniciativa, foi até o Parlamento.

Ao pedir a Samir usar a palavra a fim de se defender, Macedo diz ter ouvido o ex-aliado ameaçar chamar a polícia para lhe dar voz de prisão. Aí, os ânimos se acirraram: “eu passei a mão no nariz dele, e ele me empurrou”, admite o entrevistado.

DEMISSÃO EM MASSA
Após a briga, que só não resultou em pancadaria, Macedo determinou que rodos os portariados indicados por Samir e Carmozino fossem imediatamente exonerados de sua gestão. “Os dois juntos colocaram quase 200 comissionados na prefeitura”.

Sobre a CPI que pode resultar em seu afastamento, Macedo dispara: “não ligo de ficar sem mandato. O que não vou fazer é ficar sem caráter”.

Fonte: Folha do Sul

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