O comandante-geral da Polícia Militar de Rondônia, Régis Wellington Braguin Silvério, expressou sua indignação com o sistema legal brasileiro nas redes sociais, após o trágico assassinato de uma criança de 12 anos e o baleamento de outra de 11 anos em Vilhena no dia 27 de março. O responsável pelo crime, identificado como Pablo, conhecido como “Escobar”, foi preso mas, mesmo com um extenso histórico criminal, havia sido liberado poucos dias antes, após ser detido por roubo.
Entenda o caso:
Indignação com o sistema de justiça
Na publicação, o comandante da PM questionou duramente a efetividade do sistema de justiça no país. “Que mais precisamos para que a justiça seja feita de forma eficiente e verdadeira? Não podemos mais permitir que as leis favoreçam os criminosos e continuem a colocar vidas em risco”, afirmou. Ele ainda ressaltou que a impunidade e a fragilidade da legislação penal contribuem para a reincidência criminal, tornando difícil garantir segurança à população.
O comandante destacou que o suspeito, Pablo, possuía pelo menos nove passagens pela polícia, incluindo roubos e outros crimes, e que, no caso mais recente, ele utilizou a mesma arma com a qual matou a criança. “Até quando o sangue inocente derramado será ignorado pelas leis penais brasileiras, que na prática só protegem mais os criminosos do que as vítimas?”, questionou.
Ações da Polícia Militar e necessidade de mudanças legais
Em sua postagem, o comandante informou que, após o incidente, a Polícia Militar já havia implementado um plano de ação estratégica para conter o avanço do crime organizado em Vilhena e nas regiões vizinhas. O plano inclui o uso de tropas táticas para reforçar o combate à criminalidade violenta e garantir mais segurança à população.
Régis Wellington Braguin Silvério também rebateu críticas sobre a atuação da polícia, destacando que a PM fez a sua parte ao apresentar provas e garantir a prisão provisória do suspeito. Contudo, ele criticou a morosidade e a leniência do sistema judicial, que, segundo ele, permite que criminosos com fichas criminais extensas continuem em liberdade.
Reflexão sobre a segurança pública e a legislação penal
A manifestação do comandante gerou uma reflexão sobre as falhas no sistema penal brasileiro, com muitos questionando se as leis realmente protegem as vítimas ou se, ao contrário, acabam favorecendo criminosos. A incapacidade de impedir que indivíduos com passagens pela polícia continuem em liberdade, como o caso de “Escobar”, intensificou o debate sobre a necessidade de mudanças na legislação.
Com um aumento nas ocorrências de violência e crimes bárbaros, como o assassinato da criança, a segurança pública se tornou uma das questões mais debatidas na sociedade, exigindo ação rápida e eficaz do governo e das instituições legais para proteger a população e garantir que justiça seja feita.