Na tarde de quinta-feira, 20, Marcos Eduardo Machado de Lima, de 23 anos, conhecido como “Cabeça de Machado”, foi encontrado morto em estado avançado de decomposição no igarapé Pires de Sá, em Vilhena, Rondônia. O corpo, com as vísceras expostas e em estado de putrefação, foi encontrado por crianças que brincavam nas proximidades. A vítima foi identificada por um policial militar após um reconhecimento feito pela mãe, uma empregada doméstica de 38 anos.
O jovem havia desaparecido no dia 12 de março, quando saiu de casa, localizada na avenida 1º de Maio, na região central de Vilhena. A família registrou o desaparecimento e começou a procurar por ele, sem sucesso, até que o corpo foi encontrado. O cadáver estava preso a uma galhada no rio, e, de acordo com a polícia, ele estaria morto há mais de três dias.
Marcos Eduardo tinha um histórico de dependência química e problemas psiquiátricos, sendo diagnosticado com esquizofrenia. Ele também havia sido aluno da Guarda-Mirim, mas seu envolvimento com as drogas iniciou ainda na adolescência. Após passar por um tratamento de dois anos em uma clínica em Pontes e Lacerda (MT), ele voltou a usar substâncias ilícitas assim que retornou para Vilhena. Devido ao transtorno mental, Marcos passou a viver pelas ruas, retornando para casa apenas para se alimentar e tomar medicação.
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O jovem havia sobrevivido a dois atentados a tiros nos últimos anos. O primeiro, ocorrido há três anos, quando foi atingido por sete disparos de pistola, e o segundo, meses depois, no qual foi baleado três vezes e teve que retirar o baço. Após esses episódios, ele passou a acreditar que a violência contra ele tinha relação com facções criminosas envolvidas no tráfico de drogas.
Sobre a causa de sua morte, a polícia ainda não confirmou se houve violência sexual ou outras agressões, mas o corpo apresentava marcas no abdômen que indicam facadas. A família suspeita que a execução tenha sido motivada por dívidas com traficantes, já que Marcos teve contato com membros de facções criminosas após seus atentados. Além disso, ele mesmo havia confirmado que os autores de sua primeira tentativa de homicídio pertenciam a uma facção.
Apesar da identificação do corpo, a mãe de Marcos não fez o reconhecimento oficial do cadáver devido ao choque e à dificuldade emocional com o ocorrido. A investigação do caso segue sendo conduzida pela Polícia Civil, que agora busca esclarecer as circunstâncias da morte e identificar os responsáveis pelo crime.
Com informações do Folha do Sul Online